terça-feira, 27 de abril de 2010

ANÁLISE TÁTICA: O FLUMINENSE DE MURICY CONTRA O GRÊMIO

Não resta dúvida que o novo técnico do Fluminense, Muricy Ramalho, acertou em cheio na nova escalação do time para suprir a ausência de Conca. O argentino, mais brasileiro do que tudo, não tem um reserva a altura. Quando está ausente, aí tem que mexer em toda a estrutura do time. É um jogador diferenciado, que faz falta, mas o tricolor terá que se organizar para defrontar o Grêmio na quinta-feira, às 21:50h no Maracanã, pela primeira partida.

Foram três mudanças para a partida de ida e dessas, duas acertadas na minha opinião. A primeira foi a entrada do jovem atacante Wellington Silva no time titular no lugar de Alan, machucado. Aliás, ele nunca deveria ter saído desse time. O segundo acerto foi Marquinho no lugar de Conca. Não que Marquinho irá atuar como Conca, longe disso, muito longe. Mas a substituição foi exemplar se observarmos o conjunto da obra. Diguinho, Marquinho e Everton irão compor um meio campo técnico, marcador, rápido e prático. Todos podem atuar nas três posições do meio campo. Éverton, provavelmente, será o mais avançado, com Marquinho e Diguinho mais recuados, tapando os buracos que os alas Mariano e Júlio César deixarão em seus eficientes avanços pelos lados.

O erro foi a saída de Cássio para a entrada de Digão. Muricy se caracterizou por jogar com três zagueiros rápidos pelos clubes por onde passou. Se essa era a intenção dele, foi uma mudança equivocada. Leandro Euzébio é que deveria sair desse trio de zagueiros, por ser muito lento.

O fato é que o Fluminense de Muricy terá uma partida dificílima contra o Grêmio por dois motivos: não tem Conca e pega, realmente, um adversário difícil, entrosado e encorpado. Mas tudo pode acontecer em uma partida de tricolores copeiros, com um maior pendor para o gaúcho, é claro.

Pesos pesados em campo

O duelo se aproxima e, a cada dia, aumenta-se a expectativa para ver Ronaldo e Adriano em campo por Corinthians e Flamengo, respectivamente, nesta quarta-feira, às 21:50h, pelas oitavas de final da Libertadores 2010. Um confronto entre dois jogadores craques, craquíssimos (com o perdão do neologismo) e fora de forma. ‘Atletas’ que decidem uma partida, mesmo estando com cinco ou dez quilos a mais.

O Fenômeno e o Imperador estão com todo o peso da responsabilidade de levar seus clubes às quartas de finais da maior competição sul-americana. Literalmente é algo pesado. A motivação e a ansiedade são visíveis em seus olhos. Serão dois jogadores motivados e que, com certeza, aprontarão demasiadas peripécias em campo. Darão espetáculos.

São times com uma referência de cada lado, mas o conjunto de ambos é muito bom. O Corinthians tem mais time e tem a melhor campanha da primeira fase. O Flamengo tem mais jogadores decisivos. O Timão é mais experiente. O rubro-negro é mais ofensivo, além de ter outro diferencial: o apaixonado por futebol Vagner Love.

Os pontos fracos do Corinthians são, sem dúvida, a lentidão e a falta de entrosamento. Do lado carioca, a defesa, apesar de ter jogadores de nome, e o primeiro volante são deprimentes, ou estão em má fase. O rubro-negro tem um novo técnico(Rogério Lourenço), ou projeto deste, e ninguém sabe qual será sua postura. Solução? Só escrevendo umas 3 páginas.

O que se sabe é que apesar dos problemas, do mau condicionamento dos craques Ronaldo e Adriano e da pressão por classificação, a camisa pesará e a tradição entrará em campo. Os jogadores esquecerão seus erros e aprenderão, novamente, a jogar futebol. O espetáculo exige isso e só entrarão em campo os mais capacitados ou determinados a provar sua qualidade e honrar suas camisas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Caiu por chuva

A derrota, opa, o empate do Flamengo contra a Universidad de Chile foi tão catastrófico quanto o temporal que ocorreu no Rio há dois dias. O rubro-negro teve a chance de vencer a partida, e conseguia o objetivo até os 46 minutos do segundo tempo, quando Rodriguez ganhou a disputa com o zagueiro Álvaro e mandou aos ‘fundos redais’.

O Fla saiu em desvantagem no placar no fim do primeiro tempo. Aos 40 minutos, Montillo marcou. 1x0 ‘La U’ – esse é o apelido do time visitante. A primeira etapa foi deprimente para o Urubu. Kléberson errava demais, Juan e Léo Moura não se entendiam. Só Michael e Vagner Love eram sóbrios, e só isso. No final do primeiro tempo a torcida pedia raça e, é claro, Pet.

Deixem-me abrir umas aspas aqui, por favor. Sejamos sinceros: Toró é o câncer desse time. Kléberson não jogou nada, isso é fato, mas pelo menos possui mais atributos técnicos e qualidade de seleção brasileira, ou ex-qualidade, ex-seleção. Sendo palpiteiro, colocaria Kéberson, Willians, Michael e Petkovic nesse meio campo, com V. Pacheco e V. Love no ataque. V de vingança, ou de Vaidade.

Por favor, sejamos conscientes. O Flamengo joga em casa com, é verdade, o líder do seu grupo, precisando da primeira colocação – na Libertadores 2010 só se classificam os primeiros de cada grupo, mais os 6 melhores segundo colocados – e coloca quase um terceiro zagueiro chamado Toró. Aliás, seu nome é familiar aí no rio. Toró,chuva... tudo a mesma coisa. Desastre também. Andrade teria que escalar o time mais ofensivo.

Mas, voltemos ao temporal, ou melhor, ao jogo.

O Flamengo voltou melhor, e a torcida começou a empurrar, mesmo em uma chuva danada. Bruno Mezenga substituiu Kléberson. Aos 14, a voz da torcida do Flamengo foi escutada por Andrade. Petkovic entrou no lugar de Vinícius Pacheco.

Bem que o Flamengo tentou, e tentava, e merecia o empate. E conseguiu. Aos 22, um gol sofrido. Sofrível. Vagner Love usou da raça, trocou sopapos do futebol com os zagueiros adversários e atrasou para Michael que chutou. A bola desviou no adversário e entrou, devagar, calmamente. 1x1. A bola estava tranqüila, serena. Ao contrário dos jogadores do Flamengo.

E a pressão continuava. E a chuva também. Petkovic mandou o balaço aos 30, mas a bola não tomou o rumo do gol. Errou. Vagner Love errou também aos 33. Erros, erros e erros, mas que mereciam um acerto. E não demorou.

Aos 37, Michael foi servido por Love. O meia-atacante foi desarmado, mas a bola sobrou para Leonardo Moura mandar um belo chute no alto. Flamengo 2x1.

Fim de jogo? Nunca, jamais! Futebol vai até o apito final. Todo time deveria jogar como a Alemanha de 1974: atuava os 90 minutos com a mesma força, vontade e destreza. Parece que o Flamengo não viu essa Alemanha jogar.

Aos 46 minutos, Rodriguez – como disse lá acima – empatou. Silêncio no MaracÁGUAzo. 2x2 e a segunda colocação no grupo. Outra vez. O que o Fla pretendia a La U fez cair por água, porque terra, meu caro leitor, terra lá não há.

terça-feira, 6 de abril de 2010

El rey del Camp Nou!



Vou logo chutar o balde e dizer: Messi é bem melhor do que Maradona. Aliás, tem potencial para ser. Devolvam-me o balde se acharem que estou equivocado. Mas essa é minha opinião. Se concordarem, chutem o balde para mais longe ainda.

Aqueles quatro gols contra o poderoso Arsenal corroboraram minha tese. Messi é craque, gênio, ‘de outro planeta’ como disse o técnico do time inglês, Arsene Wenger.

Para quem não acha isso tudo (achar pouco é impossível, na minha opinião) mostrarei alguns fatos e dados interessantes. Lógico que Maradona contribuiu muito mais para o futebol do que Lionel Messi. Mas, sem dúvida será melhor que ‘Dieguito’.


LIONEL ANDRÉS MESSI

Nasceu dia 24 de junho de 1987 – 22 anos

1,69 m e 67 kg

Jogador profissional desde os 16 anos, onde foi incorporado ao elenco principal do Barcelona na temporada 2003-2004. Poucos jogos depois, começou a jogar com Ronaldinho e Eto’o no ataque, caindo pelo lado esquerdo e trocando de posição com o craque brasileiro. A dupla funcionava, e muito bem.

Em 2008-2009 teve o seu auge: conquistou a tríplice coroa da Espanha, com a Copa del Rey, La Liga e UEFA Champions League. Foi o artilheiro da UEFA com 9 gols e venceu o duelo com Cristiano Ronaldo na final contra o Manchester United, marcando um gol na vitória de 2x0 do seu time catalão.

Em 2009 venceu o prêmio Ballon d’Or de melhor jogador da temporada pela revista France Football, a melhor no quesito futebol. No mesmo ano, venceu o maior prêmio individual: O de melhor jogador do mundo pela Fifa.

Mais de 200 jogos pelo Barcelona e mais de 100 gols.

SELEÇÃO ARGENTINA

Messi ainda não atuou em sua seleção da mesma forma que atua no Barça. Apesar de ser o principal, ou um dos principais jogadores do time, está longe de exercer seu grande potencial.

Em 2005 foi convocado para a seleção argentina sub-20

Em 2006, com 18 anos e 357 dias, foi convocada à Copa do Mundo na Alemanha. Marcou um gol e tornou-se o quinto jogador mais jovem a balançar as redes na maior competição de seleções do mundo. O gol foi na goleada de 6x0 na Sérvia e Montenegro.

Mesmo sem jogar o que sabe, liderou a seleção argentina até a final da Copa América em 2007. Perdeu a final para o Brasil.

Foi campeão olímpico em 2008


TÍTULOS - 16 EM 6 ANOS


La Liga: 2004-05, 2005-06 e 2008-09
Copa del Rey: 2008-09
Supercopa de España: 2005, 2006 e 2009
Copa Cataluña: 2003-04, 2004-05 e 2006-07
UEFA Champions League: 2005-06, 2008-09
UEFA Super Cup: 2009
Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2009

SELEÇÃO ARGENTINA
Mundial Sub-20: 2005
Jogos Olímpicos: Ouro em 2008

PRÊMIOS INDIVIDUAIS
Golden Boy (melhor jogador jovem do mundo): 2005
Melhor jogador do Mundial Sub-20: 2005
Melhor jogador da UEFA Champions League: 2008-09
Melhor atacante da UEFA Champions League: 2008-09
Bola de Ouro da Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2009
Melhor Jogador da Final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2009
Ballon d'Or: 2009
Melhor jogador do mundo pela FIFA: 2009

ARTILHARIAS
Mundial Sub-20: 2005 (6 gols)
UEFA Champions League: 2008-09 (9 gols)
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