sábado, 26 de setembro de 2009

Quem tropeçará primeiro?

Contratações milionárias, elencos de altíssima qualidade, boa gestão e 5 vitórias seguidas no Campeonato Espanhol. Nada acontece por acaso no futebol. Barcelona e Real Madrid estão transformando investimento em vitórias e alegrias para o torcedor.
O time de Madrid lidera a competição com o mesmo número de pontos do Barcelona. A diferença é apenas de um gol sofrido. O Real tem 5 vitórias, 15 gols pró e 2 gols contra. O Barça possui tudo igual, mas com um gol sofrido a mais.

A Campanha de ambos é impecável. Os galácticos de Madrid venceram no sufoco o La Coruña por 3x2 na primeira rodada. Parecia que a máquina não iria engrenar, mas não foi o caso. Na segunda partida, o Real venceu o Espanyol fora de casa por 3x0. Em seguida, goleou o fraco time do Xerez por sonoros 5x0. Na quarta rodada mostrou sua força vencendo o Villarreal fora de seus domínios por 2x0. Na quinta rodada, goleou novamente outro adversário, o Tenerife.

No lado catalão, o Barça começou animando o torcedor com um 3x0 no fraco Sporting Gijón. Venceu o Getafe fora de casa na segunda rodada por 2x0. Na terceira rodada, o Barcelona fez um grande jogo contra o Atlético de Madrid e o goleou por 5x2. Ganhou do Racing por 4x1 e do Málaga por 2x0, ambos fora de casa.
Na próxima rodada, dia 04/10, domingo, 14horas, o Real Madrid enfrentará o forte Sevilla fora de casa. Já Barcelona defrontará com o Almería, também no mesmo dia e horário.

Provavelmente, os dois triunfarão nos próximos confrontos, mas fica a pergunta: Quando estas duas máquinas de jogar futebol terão seu primeiro tropeço. Tudo leva a crê que os dois ficarão mais 6 rodadas sem sentir o gosto amargo da derrota. Digo isso pois no dia 29/11 às 14horas,na rodada 12 da competição, esses dois grandes times irão se digladiar, e consequentemente, um empate seria um resultado ‘chato’. Um empate mostraria um tênue equilíbrio de força entre os dois. Quem perder, certamente ficará ‘mordido’ e esquentará a competição e a rivalidade.

São apenas cinco rodadas, e, mesmo me precipitando, logo afirmo que um dois será o campeão. A diferença de forças desses dois perante os outros concorrentes é grande. Mesmo sabendo que o futebol não é uma ciência exata e que tudo pode acontecer, não creio que teremos surpresas no campeonato espanhol 2009.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Opinião acerca da profissão

Desde que a obrigatoriedade do diploma foi tirada, amigos sempre me perguntam o que penso a respeito. Fazem muitas inquirições e pedem minha opinião. Não posso dizer a ninguém que estudo Jornalismo pela UFS que consequentemente requerem meu ponto de vista. Fico sempre quieto ou falo pouco no que diz respeito a isso. Pedem-me para escrever neste blog a minha opinião. E como este espaço cibernético é apenas para opinar – até por que não posso concorrer com os grandes meios de comunicação no que diz respeito à notícia –, deixarei de lado esta vontade intrínseca e passarei para o papel, ou melhor, para o Word.

Eu defendo a obrigatoriedade do diploma. Parece nariz-de-cera, mas não é. Porém, nada melhor que começar assim, emitindo o argumento principal, até por que esse texto vai ser longo, e se o leitor internauta quer saber apenas isso, pode fechar esta página. Mas se quer saber o que penso de maneira argumentativa – principalmente os amigos que pedem – leia até o final. Se não tiver interesse, ignore estas cândidas palavras.

Cada um é livre para se tornar o profissional que deseja. Se alguém acha que pode ser (ou que já é) um grande jornalista sem precisar do diploma, que seja feita vossa vontade. Mas se preferem ser profissionais diplomados, também terá livre escolha. Eu defendo e argumento minha segunda citação. E a partir de agora, irei expor o que penso.

Vamos primeiro comparar a qualidade de ensino no Brasil com os demais países da Europa e da América do Norte – me limito apenas à EUA e Canadá. Nesses locais, não precisa necessariamente ser diplomado. Mas lá se pode fazer isso, pois todo cidadão em sua legítima vida honesta, possui ensino de qualidade. O jornalista precisa saber escrever, e isso é fato. Nos países que citei, a conseqüente boa educação os permite escrever bem. E mesmo assim, a grande maioria dos jornalistas é diplomado, mas não são obrigados a ter esse bacharelado. Evidente consciência.

O Brasil tenta imitar esse modo transcendental de se criar profissionais, principalmente jornalistas. Não conseguem, pois o ensino daqui não vale 1% de lá. Mas o leitor pode rebater dizendo que aqui nós temos grandes jornalistas que não são diplomados, apesar da qualidade de ensino precária. Eu vos digo que toda regra tem uma exceção, ou exceções e encorpo a opinião do internauta afirmando que existem muitos jornalistas formados que são medíocres e que escrevem porcarias, no sentido literal da palavra.

Conheço jornalistas não-formados que dão um show a parte na escrita e na técnica jornalística. São competentíssimos. Conheço outros que são formados em outras especialidades, mas que escolheram o jornalismo e que dispensam comentários.

Acredito que a vivência prática no exercício da profissão pode se igualar a vida na universidade, ou até sobressair. Estudantes como eu, que vivem no romantismo da academia, ainda não sabem o que é ser jornalista. Nós ainda não temos a prática, que é a melhor coisa da profissão. Estamos adquirindo a noção técnica, mas o convívio próximo, particular a cada estudante, só será visto quando entrarmos em uma redação.

Mesmo sabendo que o convívio empírico é a parte principal do ‘ser jornalista’, acredito que ter o diploma e passar por uma universidade de Comunicação Social (Jornalismo) completa o profissional. A vivência social que a universidade possibilita é, desculpe o termo rústico, impagável.

Outro ponto, para encerrar, é o simples fato de que por mais que o diploma não se torne necessário, empresas ainda continuarão contratando profissionais que tenham preferencialmente, um diploma. Mas esse mesmo diplomado pode perder sua vaga para alguém que não é bacharel ou cursou outra coisa na universidade. Perdeu por que foi menos competente que aquele não formado em sua essência. E será justo. Seja jornalista formado, mas sobressaia perante aqueles não formados, senão, para que o diploma?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Matemática entra em campo

Chances de títulos, oportunidade de ir à Libertadores 2010 e, infelizmente, possibilidade de rebaixamento. Esporte e Matemática são parceiras fiéis que podem agradar uns e decepcionar outros. Quem transforma especulação em dados é o matemático Tristão Garcia, Engenheiro Eletrônico (isso mesmo, não é matemático na sua essência) e referência na área esportiva a partir dos anos 90.
Segundo Garcia, o Palmeiras tem 32% de chances de levar o título. O Colorado vem logo atrás com 24%, seguido de São Paulo, 28%. O Atlético MG e Goiás possuem apenas 5%. Além destes, Grêmio, Corinthians, Barueri e Santos possuem chances mínimas de levantar o caneco.
Na disputa para a Libertadores 2010, 9 times brigam por 4 vagas. Palmeiras e Inter possuem 86 e 80%. O São Paulo e o Galo possuem 80 e 43%. O Goiás vem logo atrás com 42%. Grêmio, com 22%, seguido de Santos, Avaí e Flamengo, que tem apenas 4% possuem chances mínimas de atingir a sonhada vaga.
Na parte de baixo, a Matemática fere os torcedores. Mas isso é uma fatalidade passiva desta ciência. O Fluminense, coitado, possui 95% de chances de ir à Série B 2010. Em seguida, o Sport vai ‘carimbando’ sua vaga com 87% de possibilidades. O Botafogo tem 64%, seguido por Náutico, 48, Coritiba, 28 e Atlético PR, com 18%. O Cruzeiro, que foi vice campeão desta Libertadores, acumula míseros 3%.
São apenas números que tentam contextualizar a realidade. Pode ser que tudo mude, mas nunca subestime a Matemática.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Análise Tática: Botafogo x Fluminense

Faltam apenas 15 rodadas para o fim do Brasileirão 2009e Botafogo e Fluminense vão garantindo suas vagas para a serie B 2010. As duas equipes farão o único clássico da rodada 24. Com 23 pontos, o Botafogo se encontra atualmente em décimo oitavo. O Fluminense, com 17 pontos, é o lanterna da competição. O jogo será domingo, 13, às 18h:30min, no Engenhão. Para sair da zona de risco, os técnicos das duas equipes armaram equipes teoricamente ofensivas.

Jefferson será o goleiro titular. Na zaga, o Botafogo deverá atuar com 3 zagueiros, com Emerson, Juninho e Teço formando a linha. Na ala-direita, o intocável Alessandro. Leandro Guerreiro e Jônatas são os dois volantes. Lúcio Flávio será o cérebro da equipe alvinegra. Eduardo ficará na ala-esquerda. No ataque, Estevam Soares barrou Victor Simões e o ataque será formado por Reinaldo e André Lima.



Os maiores avanços do Botafogo serão pelo lado direito, onde o Fluminense conta com o improvisado lateral Paulo César. Reinaldo fará uma maior movimentação pelos lados, dando mais opções a Lúcio.
Na zaga, Juninho é a grande arma. Sabe sair bem com a bola no pé e sabe trocar passes. Um jogador desse nível é uma vantagem, pois a saída de bola do Botafogo terá mais qualidade. Leandro Guerreiro auxiliará mais a parte defensiva e Jônatas poderá cobrir os avanços de Eduardo e encostará em Lúcio Flávio dando oportunidade de rolar a bola.

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Na equipe do Fluminense, 5 mudanças fazem o time mudar de cara. Luiz Alberto e Ruy voltam para o lugar de Dalton e Mariano. Ezequiel Gonzáles substituirá Marquinho, suspenso com o terceiro amarelo. Alan e Adeílson farão a dupla de atacantes. Roni ficará no banco e Kieza está machucado.
O esquema é o 4-4-2 com dois volantes, sendo Diogo o mais fixo e Diguinho apoiando ao ataque quando necessário.



Ruy e Paulo César revezarão nos avanços. Em um 4-4-2, quando os dois laterais avançam de uma vez, um volante terá que fazer o terceiro zagueiro. Se isso acontecer, provavelmente Diogo fará essa função. Com os laterais avançando, as opções no meio de campo aumentam, mas a zaga fica desguarnecida.
Conca jogará mais na ponta esquerda do campo. Adeílson fará dupla com Alan, mas é muito provável que o Fluminense atue com quase 1 atacante, pois Adeílson se movimentará muito e trocará de flancos sempre que possível.
O clássico vovô será o clássico dos desesperados. Quem perder se complicará. O Botafogo se tropeçar, ainda pode se salvar. Se o Fluminense perder, praticamente selará a sua ‘classificação’ para a série B de 2010.

É culpado, mas é humano

Nelsinho Piquet foi íntegro e objetivo no seu depoimento feito à Federação Internacional de Automobilismo (FIA), hoje, dia 10, alegando com todas as palavras que provocou mesmo o acidente no GP de Cingapura em 2008. O objetivo foi feito essencialmente para ‘ajudar’ seu companheiro de equipe, Fernando Alonso. Mas a história é ainda mais complexa e pode ter vários vilões.
Segundo depoimento, Nelson afirma que o acidente foi proposital, com o aval do Senhor Pat Symonds, diretor técnico da equipe e pelo ‘digníssimo’ Flávio Briatore, ‘manager’ e diretor da Equipe Renault. Os dois indivíduos chegaram a Nelsinho e propuseram que ele batesse o carro na volta número 13 ou 14 em uma curva X, para que o safety car fosse à pista. Antes disso, na volta 12, Fernando Alonso entraria nos boxes para abastecer. Com o safety car na pista, Alonso ultrapassaria o máximo de carros possível. Isso aconteceria – e aconteceu – pois os outros carros aproveitariam para abastecer e como Alonso já teria ido aos boxes, conseguiria essa grande vantagem.
Nelsinho afirma que aceitou a proposta por motivos emocionais. “No momento da conversa, estava em um estado mental e emocional muito frágil. Este estado de espírito foi provocado pelo estresse intenso causado pelo fato de que o Sr. Briatore se recusou a informar da existência da renovação de meu contrato de piloto para 2009, como habitualmente ocorre no meio da temporada (entre julho ou agosto). Ao contrário, o Sr. Briatore repetidamente pediu-me para assinar uma "opção", o que significava que eu não estava autorizado a negociar com outras equipes no mesmo período. Ele repetidamente me colocou sob pressão para prolongar a opção que tinha assinado, e iria me chamar regularmente em seu escritório para discutir a renovação, mesmo em dia de corrida - um momento que deveria ser apenas para concentração e relaxamento. Este esforço foi acentuado pelo fato de que, durante o GP de Cingapura, tinha me classificado em 16º no grid, então estava muito inseguro sobre meu futuro na Renault. Quando me pediram para bater o carro e provocar a entrada do 'safety car' a fim de ajudar a equipe, aceitei porque esperava que pudesse melhorar minha posição na equipe neste momento crítico da temporada. Em nenhum momento fui informado por qualquer pessoa que, ao concordar em provocar um incidente, eu teria garantido a renovação de meu contrato ou qualquer outra vantagem. No entanto, no contexto, pensei que seria útil para alcançar este objetivo. Por isso, concordei em provocar o incidente”. Afirmou Nelson Piquet Jr.
Se alguém observar o contexto, dirá que Nelsinho Piquet é o culpado e que deve ser banido das pistas. É relevante dizer que a atitude foi malcriada, mas a culpa não é só do piloto. O Sr. Briatore e o Sr. Pat Symonds possuem uma parcela de culpa bem maior do que a de Nelsinho. O piloto é jovem, estava emocionalmente abalado, o que é normal. Esse tipo de atitude imatura acontece com qualquer jovem que esteja começando em qualquer modalidade esportiva, seja automobilismo, futebol, vôlei, esportes olímpicos em geral ou basquete. Poderia ter pulso firme e ‘enfrentado’ os dois Senhores. Mas não o fez. Aceitou a proposta e achou que poderia renovar seu contrato.
No depoimento, Nelsinho comentou que muitos jornalistas perguntaram se o acidente foi proposital. Nelson mentiu. Mentiu também para o engenheiro da equipe, que achou estranho um carro acelerar enquanto ia em direção à parede.
Nelson Piquet Jr. infelizmente – e ele mesmo reconhece – não tem os mesmos atributos técnicos do pai, nem a mesma competência nas pistas. Mas podem ter algo em comum: Honestidade, pois o filho reconheceu o erro e a educação permite que se arrependa dos atos que fez. Parece que estou sendo humano demais, mas acredito que Nelsinho aprendeu a lição e deve ter ‘crescido’ mais na sua carreira.
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