O jogo sem graça e o empate sem gols entre Flamengo e Atlético Mineiro contribuíram para a demissão do técnico Rogério Lourenço. E esse fato não deve ser motivo de tristeza, e sim de alegria. Deixando de lado a competência – ou a falta dela – do ex-técnico, o fato é que o time rubro-negro não rendeu em suas mãos. E por uma série de equívocos e limitações técnicas do próprio time.
Um dos equívocos foi na saída de bola do Flamengo. Willians, maior ‘ladrão’ de bolas do Brasileirão do ano passado, estava – e está – em uma fase não muito boa, apesar de ser o quarto maior no quesito ‘roubadas de bola’ nesta edição do Campeonato. A sua escalação como primeiro volante o limitou taticamente. No ano da conquista rubro-negra, Willians destacava-se pela liberdade para atacar e constante movimentação pela ponta direita.
Na questão da limitação técnica, era evidente a carência de bons atacantes, ou pelo menos razoáveis. O colombiano Cristian Borja não deu conta do recado. Muito menos Vinícius Pacheco, que era escalado – equivocadamente ou por carência no elenco – como atacante. Sua posição é no meio campo, mais precisamente no lugar do sérvio Petkovic.
Equívocos e desastres a parte, o técnico Rogério Lourenço não ‘deu liga’ ao time do Flamengo. Foi um time desajustado e sem vigor para grandes jogos. Traduzindo: o perfil de um treinador inexperiente, mas com vontade de mostrar serviço. Felizmente, ou infelizmente, terá que mostrar esse serviço em outro clube.
Com essa demissão, já se tem uma média de 18 em 16 rodadas do campeonato brasileiro. E já se fala em Carlos Alberto Parreira para o Flamengo. Nada contra o Parreira, que FOI um grande técnico.
Shabát Shalôm
Há 13 anos