quinta-feira, 8 de abril de 2010

Caiu por chuva

A derrota, opa, o empate do Flamengo contra a Universidad de Chile foi tão catastrófico quanto o temporal que ocorreu no Rio há dois dias. O rubro-negro teve a chance de vencer a partida, e conseguia o objetivo até os 46 minutos do segundo tempo, quando Rodriguez ganhou a disputa com o zagueiro Álvaro e mandou aos ‘fundos redais’.

O Fla saiu em desvantagem no placar no fim do primeiro tempo. Aos 40 minutos, Montillo marcou. 1x0 ‘La U’ – esse é o apelido do time visitante. A primeira etapa foi deprimente para o Urubu. Kléberson errava demais, Juan e Léo Moura não se entendiam. Só Michael e Vagner Love eram sóbrios, e só isso. No final do primeiro tempo a torcida pedia raça e, é claro, Pet.

Deixem-me abrir umas aspas aqui, por favor. Sejamos sinceros: Toró é o câncer desse time. Kléberson não jogou nada, isso é fato, mas pelo menos possui mais atributos técnicos e qualidade de seleção brasileira, ou ex-qualidade, ex-seleção. Sendo palpiteiro, colocaria Kéberson, Willians, Michael e Petkovic nesse meio campo, com V. Pacheco e V. Love no ataque. V de vingança, ou de Vaidade.

Por favor, sejamos conscientes. O Flamengo joga em casa com, é verdade, o líder do seu grupo, precisando da primeira colocação – na Libertadores 2010 só se classificam os primeiros de cada grupo, mais os 6 melhores segundo colocados – e coloca quase um terceiro zagueiro chamado Toró. Aliás, seu nome é familiar aí no rio. Toró,chuva... tudo a mesma coisa. Desastre também. Andrade teria que escalar o time mais ofensivo.

Mas, voltemos ao temporal, ou melhor, ao jogo.

O Flamengo voltou melhor, e a torcida começou a empurrar, mesmo em uma chuva danada. Bruno Mezenga substituiu Kléberson. Aos 14, a voz da torcida do Flamengo foi escutada por Andrade. Petkovic entrou no lugar de Vinícius Pacheco.

Bem que o Flamengo tentou, e tentava, e merecia o empate. E conseguiu. Aos 22, um gol sofrido. Sofrível. Vagner Love usou da raça, trocou sopapos do futebol com os zagueiros adversários e atrasou para Michael que chutou. A bola desviou no adversário e entrou, devagar, calmamente. 1x1. A bola estava tranqüila, serena. Ao contrário dos jogadores do Flamengo.

E a pressão continuava. E a chuva também. Petkovic mandou o balaço aos 30, mas a bola não tomou o rumo do gol. Errou. Vagner Love errou também aos 33. Erros, erros e erros, mas que mereciam um acerto. E não demorou.

Aos 37, Michael foi servido por Love. O meia-atacante foi desarmado, mas a bola sobrou para Leonardo Moura mandar um belo chute no alto. Flamengo 2x1.

Fim de jogo? Nunca, jamais! Futebol vai até o apito final. Todo time deveria jogar como a Alemanha de 1974: atuava os 90 minutos com a mesma força, vontade e destreza. Parece que o Flamengo não viu essa Alemanha jogar.

Aos 46 minutos, Rodriguez – como disse lá acima – empatou. Silêncio no MaracÁGUAzo. 2x2 e a segunda colocação no grupo. Outra vez. O que o Fla pretendia a La U fez cair por água, porque terra, meu caro leitor, terra lá não há.

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