quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Equilíbrio é uma coisa, incompetência é outra

Em 2009, nunca se viu um campeonato brasileiro tão equilibrado. Lembro-me, como se fosse hoje, de ter visto cinco times com chances de título. Flamengo, Internacional, Cruzeiro, São Paulo e Palmeiras eram os candidatos ao caneco. E no fim, o rubro-negro carioca sagrou-se campeão depois de vencer o Grêmio por 2x1 em partida emocionante.

Se você não lembra caro leitor, o flamenguista sim, tem boas lembranças daquele jogo e de como o Flamengo levou o título. Primeiramente, conseguiu uma arrancada fenomenal nas últimas rodadas da competição. Guardem isso: conseguiu uma ARRANCADA. E contou também com o tropeço dos concorrentes diretos. E com méritos, competências e muitas sortes, conseguiu o lugar mais alto.

Pois bem, aqui estou – ou estamos – em 2010. Matematicamente, até o Vasco tem chances de sagrar-se campeão. Põe matematicamente nisso! Se usarmos o bom senso, do Fluminense, com 54 pontos, até o Atlético-PR, com 47, todos possuem chances de sagrar-se campeão nesse ano. Ou seja, oito times com reais chances de levantar o troféu.

Mas ocorre algo estranho ou no mínimo diferente nessa competição. Alguém está arrancando na reta final? Se bem me lembro – e espero que minha memória não me traia –, o Cruzeiro foi o último a conseguir uma arrancada e a subida durou até a rodada 30. O Fluminense já arrancou e estagnou. Porém algo também me é estranho no tricolor: está a cinco jogos sem vencer e é líder. Pois é: líder!

O Corinthians arrancou junto com o Fluminense. Mas caiu de rendimento antes. E apesar das chances reais de título, sofre com as seqüelas da crise com a torcida. O Botafogo também engatou a quinta marcha no meio do campeonato, mas parou também e hoje corre por fora na conquista do título.

Será que esse campeonato está sendo equilibrado mesmo? Ou ninguém está sendo competente o bastante para vencer? As equipes candidatas ao título conseguem tirar pontos dos concorrentes diretos, mas logo depois perdem para outros tantos.

Pode-se perceber claramente nessa edição uma grande irregularidade entre os candidatos ao primeiro lugar, ao contrário do ano passado no qual o Flamengo se sagrou campeão. Foi equilibrado, foi emocionante. Times tropeçaram e se distanciaram também. Alguns perderam fôlego. E um arrancou: o Flamengo

Mas e esse ano? O Campeonato está equilibrado, emocionante, com tropeços e distanciamentos. Mas quem está arrancando? Essa é a questão central. Quem na reta final parece mostrar fôlego para subir até o ponto mais alto? Ou aparece logo um time com postura de vencedor ou o jeito é entregar o troféu à CBF com os dizeres: “No campeonato mais equilibrado do mundo, ninguém deve ser o campeão”.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

CINCO ASPIRANTES AO TÍTULO

No começo do Campeonato Brasileiro, Fluminense e Corinthians dividiam a liderança de forma isolada e competente. Mas os tropeços não tardaram a acontecer e ambos caíram na tabela. Alguns torcedores podem alegar os deslizes à grande quantidade de contusões. Mas tudo não passa de logro, pois os outros três times que entraram na disputa pelo título também sofreram com ausências importantes.

E quem são os tais três times na qual tanto falo? Pois estes são Cruzeiro, Santos e Internacional. Times que aproveitaram as oportunidades e se igualaram ao tricolor carioca e ao Timão.

Faltando nove rodadas para o fim da maior competição nacional, darei a cara à tapa e direi as chances desses cinco times aspirantes ao título brasileiro. Mas vale alertar: às vezes o primeiro pode não ser o real favorito, ou o último ter mais chances que o terceiro, e por ai vai... Parece loucura? Pois não é!

O primeiro da lista, e primeiro colocado, é o Cruzeiro com 54 pontos. Segundo a matemática do futebol, este tem 54% de chances de ser campeão. E coincidentemente atribui ao time de Cuca o maior favoritismo. A Raposa começou a crescer no momento em que os líderes se desgastavam com a quantidade de jogos. Mas o Cruzeiro também não se desgastou? Pois é! Mas a condição física fez a diferença nesse momento. E faltando só 27 pontos em disputa, o time mineiro engatou a quinta marcha e vive o melhor momento, tanto fisicamente como psicologicamente.

O segundo aspirante ao título é o Fluminense, 52 pontos, com 29% de chances de levar o caneco. Apesar dos tropeços nas últimas três rodadas, na qual empatou uma e perdeu duas – sendo uma derrota para o concorrente direto Cruzeiro –, o time de Muricy vem mostrando a força do elenco. De todos os cinco, o Fluminense tem o melhor elenco. E provou isso com a perda de grandes jogadores como Fred, Diguinho, Diogo, Emerson e Fernando Henrique durante pelo menos seis rodadas do campeonato. E vale ressaltar: são cinco titulares absolutos. Por isso atribuo ao tricolor carioca o vice-favoritismo na competição.

O terceiro concorrente é o Internacional, quinto colocado com 47 pontos. O leitor pode achar isso uma incoerência. Mas argumentarei o porquê. Depois do Fluminense, o Internacional tem o melhor elenco da competição. Provou isso enquanto disputava a Libertadores com o time titular e o Brasileirão com o time reserva. E mesmo assim ocupava posições cumeeiras da competição a todo o tempo. O grande problema, nesse caso, é o relaxamento por conta do título da Libertadores, afinal, o colorado já tem a vaga para o ano que vem. E ai, vai relaxar? Pelo visto parece que não. E com um elenco forte, tem todas as chances de dar bastante trabalho nessa reta final de campeonato – apesar de estar a sete pontos do líder Cruzeiro. Abram o olho para o time gaúcho!

O quarto concorrente é o Corinthians com 49 pontos. Apesar de estar sem técnico, sem futebol e com a torcida no pé, ainda possui chances pela campanha que fez e pelo bom time que possui. E por toda essa crise existencial na qual o Corinthians passa foi que coloquei o Internacional como favorito à sua frente. Até porque o técnico novo precisará de tempo para reorganizar o elenco e colocá-lo novamente nos trilhos. E tempo é algo que os aspirantes ao título não tem. É vencer, vencer e vencer...

O último favorito e quarto colocado na competição é o Santos (48 pontos) do interino – ou já efetivado? – Marcelo Marttelote. Atribuo a última posição no favoritismo por não ter um elenco tão vistoso, apesar de possuir um bom time. E mesmo com esse bom time, não é melhor do que os outros quatro. É limitado e, individualmente, só um ou dois jogadores poderão fazer a diferença na reta final. Esse Santos não é mais aquele do começo do ano. Ta longe disso...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Brincar de ser líder é bom...

O Campeonato Brasileiro desse ano está com uma peculiaridade: essencialmente, Fluminense e Corinthians sempre dividem a liderança da competição. Como se fosse um pacto. Nessa semana um é líder, na próxima é o outro, e por ai vai... Parece uma brincadeira de mau gosto – ou bom gosto, como acharem melhor. E nesse troca-troca de liderança, times como Cruzeiro, Internacional, Atlético-PR, Botafogo e Santos vão surgindo como outros possíveis candidatos ao título. Mas as chances caem na mesma ordem da lista.

Brincadeiras a parte, o tricolor e o alvinegro têm índices de regularidade altíssimos. Nenhuma das duas equipes ficou mais de quatro partidas sem sentir o gosto da vitória. O Fluminense já conseguiu dois empates e uma derrota, assim como o Corinthians. Uma explicação para isso? Pode ser o fato de terem os maiores elencos da competição.

O atual líder, Fluminense, surpreendeu a todos e não sofreu uma queda vertiginosa com a ausência de Fred, Emerson, Diguinho, Diogo e Carlinhos nas rodadas passadas. Tudo bem que algumas oscilações ocorreram e causaram a perda da liderança, coisa que o Flu já tratou de recuperar.

Do lado alvinegro, a condição física e o psicológico é que faz a diferença. O time corre o jogo inteiro e toca a bola com uma calma característica dessa equipe. Uma marca adotada por Mano Menezes e reforçada pelo atual técnico Adilson Batista. E com todo respeito ao atual treinador da seleção brasileira, o novo comandante que o substituiu deu um ‘upgrade’ nessa equipe: uma mobilidade incrível, coisa que não se via no time de Mano. Os volantes invertem as posições e partem para o ataque com a certeza da cobertura de alguém. Bruno César se desdobra no meio campo e chega à frente com certa facilidade. Se com Mano já era bom, com Adílson ficou melhor ainda.

Restando 12 rodadas para o final do Brasileirão, Fluminense e Corinthians, por enquanto, são os maiores merecedores do título. E até brincar de revezar a liderança eles brincam. Resta saber quem se aproveitará dessa brincadeira no dia 5 de dezembro – quando se encerra o campeonato. Ou então se algum time entrará nessa brincadeira também. Brincar de ser líder é bom, mas tem muito time que também leva o Brasileirão a sério.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Corinthians a três passos do título

Tudo bem que o campeonato está muito longe de terminar, mas o time de Adílson Batista tem três partidas importantíssimas para o futuro do Timão no Campeonato Brasileiro. Precisa passar pelo Santos, Internacional e Botafogo. A primeira tarefa já foi cumprida: venceu os meninos da vila por 3x2 em partida fantástica, na qual Elias desequilibrou – mais uma vez – e decidiu o jogo para o alvinegro.

Agora falta o Internacional, neste domingo, no Beira Rio. O Colorado perdeu para o ascendente Atlético-PR na rodada passada, mas ainda é um forte candidato ao título. Tem um belo time e um jogo a menos. A tarefa do Corinthians é complicadíssima, mas se passar sem problemas, dará o segundo passo.

A terceira etapa é o Botafogo carente de Maicosuel. O meio-campista se contundiu e só volta em 2011. Mas notícias boas também empolgam o time carioca: Jobson pode voltar para essa partida e desequilibrar mais uma vez. Vencendo o Botafogo, o time de Elias e cia. darão o último e principal passo para a conquista do Brasileirão.

Pode ser que achem que é exagero meu, e que tem muita coisa para acontecer. Mas, vamos analisar: o Timão bateu o Fluminense e Santos, concorrentes diretos. Se bater também Internacional e Botafogo abrirá três pontos de distância dos dois. Falta ainda o grande Cruzeiro, que vem sendo o principal candidato depois do Corinthians. O jogo é na rodada 35. É decisivo!

Basta fazer os deveres de casa contra seus concorrentes diretos. A começar pelos próximos dois jogos. Com a tarefa cumprida, é manter o foco e não tropeçar com os pequenos – coisa que já aconteceu no turno passado.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Futebol sergipano no inferno dantesco

O futebol sergipano pode ser comparado ao inferno criado pelo italiano Dante Alighieri. O livro “A divina comédia”, dividido em “Inferno”, “Purgatório” e “Paraíso”, foi escrito entre 1304 – 1321 e narra a epopéia imaginada pelo autor e Virgílio, poeta romano clássico que viveu antes de Cristo. Eles passam por situações de superação em um universo catastrófico do Inferno e se deparam com pessoas traidoras, luxuriosas e responsáveis por todas as mazelas do mundo. E com alguns inocentes também. Mas no futebol sergipano, essa história de superação está longe de acontecer.

Com uma temporada péssima, os dois maiores times do Estado, Sergipe e Confiança, ficam à parte das principais competições. O Confiança foi eliminado do Campeonato Brasileiro da Série D, junto com o River Plate - o Sergipe nem participou -, e também deram adeus às chances de classificação no Campeonato do Nordeste. O Mais Querido encontra-se na lanterna e o Dragão, que não cospe fogo algum, está em 12° lugar.

E se na obra de Dante os personagens precisaram ultrapassar nove círculos – etapas do inferno criadas pelo escritor – para sobreviver, os clubes sergipanos também têm nove círculos para vencer.

O primeiro círculo é a falta de oportunidades estruturais para financiar os times do Estado. Sem uma política econômica sólida, empresa alguma terá interesse em estampar seu nome nas camisas dos clubes daqui. Nem Norcon, nem Celi, nem nada.

No segundo ‘andar’ do inferno, existem as destruídas e abandonadas sedes dos clubes que deixam a desejar em suas estruturas. O local de treino do Confiança, por exemplo, dá até pena.
Podemos visualizar no terceiro círculo um incoerente projeto de formação de novos talentos Ou melhor, os times vendam os olhos para os garotos. Muitos jovens estão nas categorias de base do Cruzeiro, por exemplo. Mas e aqui? Cadê?

O quarto círculo serve para algumas pessoas específicas, como Milton Dantas, presidente do Confiança e Carivaldo, presidente da Federação Sergipana de Futebol – FSF. É nesse nível do inferno que, segundo Dante, vivem os pródigos e avarentos, aqueles que são sórdidos ao dinheiro. Não precisa dizer mais nada.

No quinto nível, coloco os torcedores que abandonam os times nas horas mais difíceis. E atribuo ao sexto círculo os torcedores que, apesar de todos os problemas do futebol, teimam em menosprezar os principais times do Estado. Clubes com história e tradição, mas que infelizmente encontram-se nesse estado.

Os pecadores que foram culpados justamente ou injustamente encontram-se no sétimo andar do inferno. Coloco ai jogadores renomados e veteranos que não renderam o suficiente e decepcionaram em suas aparições pelas terras sergipanas. A exemplo de Beto que, com ou sem pecado, não contribuiu em nada com suas atuações. Deu uma de ‘barqueiro’, ou seja, colocou o nome acima da postura profissional. E de jogador barqueiro Sergipe ta cheio. Trocam treinos por baladas e esquecem das responsabilidades. Culpa do jogador? Em grande parte, sim.

É no penúltimo círculo que, segundo Dante, existem os violentos. E por isso insiro alguns torcedores das organizadas do Estado, estes que rebaixam ainda mais o futebol daqui. Enfim, no último circulo estão alguns profissionais da imprensa que criam falsos ídolos e iludem o coração do torcedor apaixonado, além de atribuírem a qualquer jogador o status de salvador da pátria. Carente de ídolos, esses jornalistas criam um falso futebol, com técnicos e jogadores virtuais. Além disso, se vê uma exaltação aos times do Sul e Sudeste do país, como se fossem Deuses que precisam ser idolatrados.

Todo esse desastre pode ter solução? Em tese sim, mas é necessária uma reviravolta muito grande em questões que demandam bastante tempo. É uma reestruturação que precisa de articulações bem definidas por parte do Estado, das empresas privadas e, principalmente, de novos gestores do futebol. Se até Dante Alighieri e o poeta Virgílio, depois de muito sofrimento, superaram as desgraças do Inferno para chegarem ao Paraíso e vislumbrar um final feliz, por que nosso esporte também não superaria? Vamos sair da posição de pior futebol do Nordeste e voltar a uma colocação digna das tradições futebolísticas de Sergipe.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Maracanã: diminuem o seu tamanho, mas não sua grandeza

O fechamento do Estádio Jornalista Mário Filho - o Maracanã - para as reformas que visam a Copa de 2014 é uma coisa certa e coerente por parte da Confederação Brasileira de Futebol - CBF. Nada de jogos enquanto se tem uma reforma. Até aí tudo bem. Mas o que, com certeza, traduz um 'antitradicionalismo' por parte da CBF e da Fifa - Federação Internacional de Futebol - é a redução das dimensões do gramado e do público daquele que já foi e não será mais o maior do mundo. Ou melhor, já não era desde a reforma anterior.

O Maracanã se consolidou desde a sua criação, em 1950, como um estádio de tamanho colossal para atender a grandes públicos e a jogos históricos. Cabia mais de 180 mil torcedores - e até 200 mil, como na final da Copa do Mundo de 1950, contra o Uruguai. Hoje comporta 80 mil e futuramente caberão 76 mil. Não que isso seja pouco, pois não o é. Mas que sofreu uma diminuição de mais de 100% do seu público em 60 anos de história.

Os argumentos para as reduções são os mesmos de sempre, mas nem por isso menos válidos: o melhor conforto. Da geral para as cadeiras, em 2014 o grande estádio terá todas as poltronas numeradas, com rampas para aumentar a facilidade de escoamento dos torcedores no fim das partidas. Segundo a FIFA, o tempo máximo é de 8 minutos. Hoje, isso se dá em média de 20 a 30mim.

Mas, como torcedor, a redução de quatro mil lugares não é algo tão revoltante. O principal é a diminuição do gramado, que era de 110m x 75m, para 105m x 68m. É pouco? Em números parece, mas em comparações não. O gramado do Mário Filho ficará semelhante ao da Vila Belmiro, alçapão santista. E agora? É pequeno ou não é?
No Maracanã, com as dimensões normais, muitos craques já brilharam e muitos e desconcertantes dribles entraram pra história. Uma história que vai sendo ofuscada a cada dia pelas modernidades e exigências desmedidas do futebol.

Nada contra a reforma. Reduzir de 180 mil para 76 mil corações apaixonados gritando por um time não deve diminuir o valor histórico do estádio. O Maracanã continuará sendo grande. Mesmo assim, tchau, Maracanã. E 'bem-vindos' gramados fenomenais, cadeiras confortáveis e público restrito.

Flu retoma o caminho do triunfo

A vitória do Fluminense contra o Ceará marcou a volta daquele time que estava jogando por música no campeonato brasileiro. Na estréia no Engenhão, o Mariano e Washington – duas vezes – marcaram pelo tricolor. Geraldo descontou no finalzinho para consolar o Ceará, que cai de posição a cada rodada.

Muricy armou o time no 3-6-1, dando liberdade aos laterais e principalmente ao argentino Conca, que, ao lado de Deco, jogaram mais próximos de Washington. E deu certo. O time mostrou mobilidade e corroborou uma tese inicial: esse time só rende ao máximo quando atua com três zagueiros. Mariano e Júlio César são alas que, quando utilizados como laterais – num 4-4-2 – não tem tanta liberdade para atacar.

E no fim do jogo Deco diz que o estádio do Botafogo lembra o do Porto-POR, seu primeiro grande time. Deve ter servido de inspiração para sua boa atuação.

Agora é esperar o fechamento da rodada na quinta-feira para ver a situação de um campeonato que se torna cada vez mais emocionante. Fluminense e Corinthians duelam pela liderança. Cruzeiro, Botafogo, Santos e Internacional se estapeiam logo atrás.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O adeus de Rogério

O jogo sem graça e o empate sem gols entre Flamengo e Atlético Mineiro contribuíram para a demissão do técnico Rogério Lourenço. E esse fato não deve ser motivo de tristeza, e sim de alegria. Deixando de lado a competência – ou a falta dela – do ex-técnico, o fato é que o time rubro-negro não rendeu em suas mãos. E por uma série de equívocos e limitações técnicas do próprio time.

Um dos equívocos foi na saída de bola do Flamengo. Willians, maior ‘ladrão’ de bolas do Brasileirão do ano passado, estava – e está – em uma fase não muito boa, apesar de ser o quarto maior no quesito ‘roubadas de bola’ nesta edição do Campeonato. A sua escalação como primeiro volante o limitou taticamente. No ano da conquista rubro-negra, Willians destacava-se pela liberdade para atacar e constante movimentação pela ponta direita.

Na questão da limitação técnica, era evidente a carência de bons atacantes, ou pelo menos razoáveis. O colombiano Cristian Borja não deu conta do recado. Muito menos Vinícius Pacheco, que era escalado – equivocadamente ou por carência no elenco – como atacante. Sua posição é no meio campo, mais precisamente no lugar do sérvio Petkovic.

Equívocos e desastres a parte, o técnico Rogério Lourenço não ‘deu liga’ ao time do Flamengo. Foi um time desajustado e sem vigor para grandes jogos. Traduzindo: o perfil de um treinador inexperiente, mas com vontade de mostrar serviço. Felizmente, ou infelizmente, terá que mostrar esse serviço em outro clube.

Com essa demissão, já se tem uma média de 18 em 16 rodadas do campeonato brasileiro. E já se fala em Carlos Alberto Parreira para o Flamengo. Nada contra o Parreira, que FOI um grande técnico.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Carreira rompida?

A notícia do afastamento dos gramados do jovem Paulo Henrique Ganso deixou todos os que gostam do bom futebol cabisbaixo. Principalmente a torcida do Santos, que o verá afastado da Vila Belmiro por pelo menos seis meses. O craque torceu o joelho esquerdo na partida contra o Grêmio, pela rodada 16 do Campeonato Brasileiro, quando pisou de mau jeito no gramado. Ou melhor, tecnicamente ele rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo.



E agora? Como se comportará o time santista com a ausência do seu mais importante jogador? Ganso era o responsável pela ligação meio campo-ataque e por ter a característica de pensar o jogo para seus companheiros.

E agora? Não veremos mais o jovem canhoto atuar esse ano. Uma perda irreparável para o futebol. Madson não suprirá sua ausência por completo. Se não fosse Keirrison e Neymar, o Santos estaria em uma situação ainda pior.

O que fato cabe a nós, apreciadores do bom futebol, é torcer pela recuperação dessa jovem promessa do futebol mundial. O cara ainda tem muito futebol pela frente, muita lenha pra queimar e muitos passes a dar. Sua carreira está longe de ser rompida, assim como o seu joelho.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Com Deco, ou sem Deco?

O clássico entre Fluminense e Vasco se aproxima e a dúvida fica a cada dia mais cruel. Afinal, Deco deve ou não começar jogando contra o Vasco? Deve-se lembrar que partidas assim são decididas nos detalhes e qualquer modificação tática pode ser fatal para o resultado do jogo. Mas essa tal modificação não seria algo normal, afinal estamos falando do craque português que tanto fez pelo futebol. Jogador que pode desestabilizar o andamento de uma partida. E Muricy quebrará a cabeça até o domingo, dia 22, às 18:30 no Maracanã. Ou melhor, até às 18 horas, que é o tempo máximo para divulgar as escalações.

Mas, além disso, outros detalhes devem ser enfatizados. Emerson não joga e com isso o Fluminense perde em velocidade, principalmente nos contra-ataques. Com Deco em campo, o jogo torna-se ainda mais lento, já que o português não está acostumado com o jogo rápido e ‘aceso’ no Brasil. No lugar do Sheik, Marquinho e Rodriguinho disputam a posição. Se Muricy optar pelo primeiro, o time ganha consistência no meio-campo, mas perde ofensivamente. Se colocar o segundo, ganha a velocidade de antes, mas sem a qualidade de sempre.

Ou coloca Deco e Rodriguinho. Ganha na velocidade e na técnica. Tudo isso depende do técnico tricolor. A dor de cabeça é benéfica, já que o treinador conta com várias opções no plantel, bem como a volta de Belletti e Carlinhos – como titulares ou reserva – e a possível inscrição do volante Valencia no BID.

Separei três formas de como o tricolor pode atuar contra o Vasco.

Primeira: Marquinho entra no lugar de Emerson e Leandro Euzébio se mantém na zaga. O esquema seria o 3-6-1, mais consistente no meio-campo e com menos opções ofensivas - os alas serão muito mais acionados e o Flu pode dar certo desse jeito também.



Segunda: Deco no lugar de L. Euzébio e Marquinho no lugar de Emerson. Seria um 4-5-1, com qualidade no meio campo, porém os alas não poderiam avançar tanto quanto no esquema anterior.



Terceira: Um esquema ousado, mas arriscado. Mudaria totalmente a forma de jogar do Fluminense, mas se der certo, seria muito bom. Deco e Rodriguinho deixariam o Fluminense mais técnico e veloz, mesmo com a ausência de Emerson.



Dessa terceira opção, coloquei o posicionamento dos jogadores nas jogadas de ataque. Lembrando que pode mudar, mas teoricamente seria dessa forma:

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Time espetacular tem prazo de validade

Os grandes times do futebol brasileiro podem ser comparados a alimentos com prazo de validade curto. Digo grandes times, pois bons times aparecem sempre. O Santos, por exemplo, é a mesma coisa de um iogurte qualquer: depois de aberto, consumir em até três dias. Depois disso, não presta mais. E é o que está acontecendo com o peixe.

Seis meses. Foi o tempo necessário para esse time se desfazer. Do título paulista, passando pela Copa do Brasil até o desmanche total. Neymar deu adeus por 30 milhões de euros e Wesley também caiu fora – para o Werder Bremem. Robinho voltou para o City e André sumirá na Ucrânia. Dos espetaculares jogadores, só o Ganso sobrou. E não poderá fazer muita coisa, mesmo com a contratação de Keirrison, o único reforço de peso.

E quer dizer que só Keirrison virá? O dinheiro de Neymar da para montar um bom time, mas não um grande time, espetacular. Por enquanto, Zé Eduardo, Marcel e Madson tentam – e sem sucesso – suprir a ausência dos craques. Craques eles não são e também não conseguirão iludir o torcedor santista. Se continuar assim, a tríplice coroa se distanciará ainda mais. Depois do desmanche, nenhuma vitória ainda, sendo uma derrota em casa para o forte e organizado time do Avaí.

Esse é o grande problema do nosso futebol. Os grandes times desaparecem como mágica. E como toda magia que se preze, encanta quem vê, vislumbra, mas acaba de forma rápida, fugidia. Mas sempre há renovação. Daqui a pouco aparece outro grande time, e a história continuará... Vai um iogurte ai?!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

O novo Brasil e o parque de diversões

A nova seleção brasileira, controlada pelo técnico Mano Menezes, já começou a tomar forma. A vitória de 2x0 sobre os EUA deixaram evidentes as novas características desse time técnico, rápido e leve. A estrela de Neymar brilhou e o moleque marcou seu primeiro gol com a seleção principal logo na primeira convocação. Pato ampliou ainda no primeiro tempo com um gol típico de atacante – driblou o goleiro e mandou às redes, com frieza e perfeição.

Na defesa, Thiago Silva e David Luiz suprem a ausência de Juan e Lúcio, além de terem boa técnica com a bola nos pés. Sabem sair para o jogo e cabeceiam muito bem. Os laterais Daniel Alves e André Santos invertem as jogadas e mostram grande entrosamento e dinamismo com o restante do time, mesmo sendo apenas o começo de uma nova era.

O meio campo o Brasil se destaca. Leve, técnico e multifuncional. Lucas e Ramires saem muito bem para o jogo e dão segurança para o craque Paulo Henrique Ganso, o Ademir da Guia canhoto, controlar o meio campo. Na frente, Robinho, Neymar e Pato infernizaram a defesa norte-americana e pareciam estar em um parque de diversões. Demonstraram grande mobilidade e, apesar de jogarem na frente, preocuparam-se com as questões táticas.

Mas os problemas aparecem, frutos de um time ainda desentrosado, mas que pode dar liga e melhorar ainda mais. O toque de bola às vezes é lento, mas o objetivo do gol ainda permanece.

Deve-se enfatizar que o adversário não é um qualquer. Os EUA têm um bom time, que fez uma campanha digna na Copa do Mundo e chegaram à final da Copa das Confederações – perdendo para este mesmo Brasil; ou melhor, outro totalmente diferente. Mano Menezes começa com o pé direito e que apresenta o Brasil de todos. Um Brasil recuperado em sua essência, mais jovem, mas rápido, mais leve, com talentosos jogadores que não sentem o peso da camisa. Um Brasil cada vez mais brasileiro. Mas isso é só o começo. Tem muito chão pra pisar.

O Inter de Giuliano

O jovem meio-campista Giuliano, de 20 anos, será responsável por fazer a função do experiente Tinga na primeira partida da decisão contra o Chivas-MEX, lá em Guadalajara. E é uma responsabilidade grande suprir a ausência de um jogador que encaixou-se – novamente – como uma luva no meio campo colorado. Formava ao lado de Guiñazu uma dupla que sabia jogar bola e marcar com qualidade.

A opção de Celso Roth foi a mais cabível, mas taticamente o Inter se comportará de maneira diferenciada. Com a saída de Tinga, os gaúchos perdem em marcação, mas ganham em velocidade e técnica. Ao lado de D’alessandro, o jogador revelado no Paraná Clube será encarregado de colocar Taison e Alecsandro na cara do gol.

Uma mudança tática importante é a utilização de Guiñazu para uma marcação mais forte ao lado de Sandro. Com Tinga, o argentino tinha mais liberdade para ir ao ataque. Com a mudança, terá que se resguardar um pouco mais para tentar manter a qualidade no meio campo, esta que o Inter tem de sobra e não pode falhar na decisão.



Vale lembrar que a força do Internacional também está nos avanços dos laterais Nei e Kleber (principalmente). Não se deve perder essa qualidade mesmo com os imprevistos e improvisos. Mas como o Inter tem elenco, isso não se torna um problema.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

São Paulo com força máxima e variação tática

O técnico Ricardo Gomes vêm à campo nesta quinta-feira contra o Internacional, pelas semi-finais da Libertadores 2010 com o que tem de melhor. Jogadores em forma, com exceção de Ricardo Oliveira, que ainda busca o ritmo de jogo, mas que é diferenciado e pode decidir a partida no Morumbi.

O grande acerto tático foi à colocação de Fernandão como meia-atacante, aproximando-se dos atacantes Ricardo Oliveira e Dagoberto, este que ficará pelos lados do campo para confundir a marcação adversária. Teoricamente, apenas um volante. Na prática, são dois, com Cleber Santana ajudando Rodrigo Souto na marcação. Hernanes estará menos sobrecarregado defensivamente e estará apto para fazer o que melhor sabe: por os atacantes na cara do gol.

Lá atrás, Júnior César avancará mais do que Jean, que às vezes poderá fazer o terceiro zagueiro pela direita, liberando mais ainda o baixinho lateral-esquerdo. Teoricamente, o São Paulo jogará no 4-1-2-1-2, ou 4-4-2 losango, para resumir. Com Jean recuado, o esquema também varia para o 3-5-2. Se a situação apertar, Ricardo Gomes poderá usar um 4-3-3 com Fernandão ao lado dos dois atacantes.

Miranda e Alex Silva forma uma zaga alta e de respeito. Alecsandro, que jogará isolado – Taison vai mais recuado para o jogo, ao lado de D’Alessandro; teoricamente será o 4-2-3-1 – terá muito trabalho para vencer os dois zagueiros. Será necessária uma maior participação dos meias de criação e, pelo menos, um dos laterais (de preferência que seja Kleber).

O SÃO PAULO ENTRARÁ EM CAMPO COM ESSE ESQUEMA:



O que de fato se percebe é um São Paulo bem montado e preparado para efrentar o Internacional, que tem a vantagem de 1x0 e que vem com um time preparado para os contra-ataques. Será um grande jogo, com o tricolor paulista a procura de um gol logo no primeiro tempo.

“O Santos é o novo campeão” (novamente)

A conquista da Copa do Brasil pelo alvinegro praiano contra o Vitória mostra em números o melhor time do Brasil desse primeiro semestre. São 38 gols na Copa do Brasil em 10 jogos. São mais de 100 gols no ano. É gol pra dar e vender! Pena que, infelizmente, grandes times do futebol brasileiro não conseguem manter seus elencos até o final do ano. Esse time do Santos já perdeu, ontem, André para O Dínamo de Kiev – UCR e Robinho para o Manchester City-ING, este que tenta ir além das pedaladas e ‘traquinagens’ futebolísticas. Seu recinto é o Santos, sua razão de viver e sua alegria em jogar futebol estão na Vila Belmiro, assim como Roberto Dinamite do Vasco da Gama, que só ‘sabia’ jogar pelo time da cruz de malta.

A derrota para o rubro negro ainda teve um gosto de vitória, mas ficou evidente um erro crasso do time santista: não sabem salvar-se de pressão. O Vitóra pressionou, apertou e jogou contra as redes o time de Robinho. Mas aquele é santástico Santos, time de craques e talentosos jogadores – com raras exceções dos ‘cones’ de plantão – conseguiu encontrar seu caminho, mesmo que fossem nos contra-ataques.

Já o Vitória lutou bravamente e, apesar da limitação técnica, mereceu o triunfo contra os meninos da vila. Mas deixem-me ressaltar: mereceu a vitória, e não o título. Foi guerreiro, lutador, de uma avidez de dar inveja, cheio de ambições contra o melhor time de 2010 – até agora. No fim, pesaram jogadores de mais qualidade individual, de craques que, por exemplo, o Santos tem, e de sobra. Foi um vice-campeonato digno, de um time que sai de cabeça erguida e ciente da raça demonstrada e reconhecida pela torcida.

Agora some o título Estadual com a Copa do Brasil, além de um time que, do meio para frente só tem jogadores de altíssimo nível. O resultado é o exemplo mais vivo de que futebol pode ter arte, busca pela perfeição técnica, ofensividade e criatividade. Outro exemplo é que times de futebol, principalmente os brasileiros, ‘laranjas’ dos times europeus, devem investir em sua base, sem medo nem receio. Mais vale uma cria da casa do que um veterano ‘pé-de-chinelo’, que carrega o peso do nome nas costas e pouco futebol nos pés. Isso da orgulho ao time e torna-se mais viável financeiramente. Por isso está ai, novamente: “o Santos é o novo campeão” (de novo)!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

O desgaste da esportividade

Há muitos anos o esporte vem perdendo suas essências e seus valores. A competição pacífica e a valorização da derrota não existem mais. Pode-se dizer que, hoje, esporte é sinônimo de guerra, tanto dentro quanto fora de campo.

Observamos nas transmissões esportivas diversas brigas de torcidas organizadas, e alguns que até se encontram, infelizmente, naquele cenário, naquela hora, naquele minuto de guerra e destempero. Não é culpa de apenas um, e sim de todo um conjunto animal, irracional e inconseqüente.

Todo esse descontrole seria paixão? Não, meus amigos. Raiva é um sentimento natural e intrínseco no esporte, mas que se diferencia muito da vontade de matar e fazer mal a alguém. Seu time está tomando um chocolate dentro de casa e você vai descontar em outras pessoas? Espero que não!

Toda essa generalização que fiz nos três parágrafos anteriores serve para situar você, leitor, aquele que curte o esporte de forma pacífica, amorosa e às vezes até desatinado, sobre a atitude das torcidas organizadas dos quatro grandes times paulistas, que se juntaram para protestar sobre a nova lei do estatuto do torcedor. Um dos parágrafos trata do controle da violência, o qual todo ato irascível e perturbador num raio de cinco quilômetros deve ser punido.

Outro detalhe é sobre a venda de bebidas alcoólicas dentro dos estádios, estas que só poderão ser comercializadas do lado de fora e até duas horas antes do início do ‘espetáculo’. Para pessoas normais, que vão aos estádios, arenas, Maracanãs e Maracanãzinhos, isso é uma atitude positiva e construtiva. Mas para os vândalos não.

O ato de se juntar e ainda cantar ‘deixa o menino bater, deixa o menino bater...’ traduz aquilo que o ser humano tem de pior: a brutalidade, a incivilidade. Alguns têm esse sentimento mais comportado; já outros levam essas características como sua essência pessoal. Reagir a uma lei construtiva é uma atitude contraproducente e incoerente. Infelizmente, temos que nos contentar com o pouco que sobrou da esportividade.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ricardo Gomes: o câncer são-paulino

Depois da derrota do São Paulo para o Internacional por 1x0, no Beira-Rio, pela primeira partida das semifinais da Libertadores 2010, ficou claro o principal problema do time tricolor. A partida foi disputada, mas com um maior pendor para os colorados, que tinham um meio campo mais técnico e um time mais dinâmico. Já o São Paulo tinha uma clara deficiência tática, não técnica. Ricardo Gomes cometeu dois erros crasos e que foram fundamentais pelo tropeço paulista.

O primeiro foi a escalação de Marlos como meia-atacante. É natural, quando um time atua no 3-5-2, que se tenha um jogador técnico, inteligente e cerebral comandando os dois atacantes. O ex-jogador do Coritiba é um atleta com características velozes. Pode atuar tanto pelos lados do campo ou como ala pela esquerda (a depender da estratégia do técnico). Hernanes seria o substituto ideal para atuar nessa posição. Faria um meio campo com Rodrigo Souto, Cléber Santana e Hernanes. Além de ganhar a criatividade do camisa 10 são paulino, o tricolor teria um meio campo mais marcador e pegador.

Erro número dois foi a utilização de Fernandão como atacante de área. O ex-colorado foi campeão mundial atuando como meia-atacante, armando as jogadas e utilizando sua força e inteligência para chamar a marcação adversária. A pequena área não é o forte desse jogador, apesar de ser alto, forte e troncudo. Nesse caso, Marlos poderia fazer dupla com Dagoberto. Alguns treinadores preferem um atacante de referência dentro da área. Ricardo Oliveira seria a cereja do bolo se não estivesse em más condições fixas. Com dois atacantes rápidos (Marlos e Dagoberto), o time paulista teria mais mobilidade e poderia contra-atacar o Internacional com mais eficácia.



Pecou Ricardo Gomes, perdeu o São Paulo. Será que essa sisudez toda é fruto de sua europeização pelo time do Mônaco-FRA? Será também que criar um time sem mobilidade é algo normal? Não sabemos as respostas, mas as conseqüências são visíveis no time do São Paulo: apático, parado e lento. Mas deve-se deixar claro que o Internacional mereceu a vitória pelo que fez no jogo como um todo e também pelo comportamento generalizado de todo o time: concentrado, ativo, ávido e rápido.

A situação pode mudar e o São Paulo tem totais condições e, principalmente, time para virar o jogo. Mas antes de tudo é necessário um técnico.

domingo, 25 de julho de 2010

A árdua tarefa da renovação

Mano Menezes é o novo técnico do Brasil. A responsabilidade, que já é grande, se torna muito mais árdua e intrincada quando, além de ter que vencer tudo o que puder, precisa-se fazer uma renovação. Se entenda por renovação, caro leitor, tanto a idade quanto a qualidade do futebol bonito – este que o técnico anterior nos tolheu.

E o trabalho começa de agora, com a convocação nesta segunda para o primeiro amistoso do Brasil depois da Copa. Mano Menezes levará consigo um imenso conhecimento técnico e tático do futebol, algo que o consagrou e marcou aquele Corinthians de 2009, campeão da Copa do Brasil. E o principal: títulos.

Se é necessário renovar desse momento, alguns jogadores não deveriam ser convocados pela idade. Por exemplo: Luis Fabiano tem 30 anos agora. Em 2014 terá 34. Por isso, mesmo sendo um grande atacante, será importante para um futuro distante? Creio que não. O mesmo vale para outros craques da bola: Julio César, 31, Lúcio, 32, entre outros jogadores. Mas, quem sabe alguns desses não continuam atuando com qualidade mesmo na melhor idade?

O momento é de renovar a idade e o futebol desses jogadores. Começar do zero e montar um grande time, com jogadores verdes, virgens, inexperientes mas com futebol de qualidade para dar e vender. Claro que não se deve fechar os olhos para alguns ‘veteranos’, no entanto a mescla deve ser feita valorizando a renovação. E o principal: não fechar os olhos para a opinião pública. O técnico deve ter sensibilidade para entender quem está ou não em boa fase. Seleção não são os mais fieis, e sim os que jogam mais futebol.

.......

Alguns amigos me pediram para palpitar sobre quem convocaria para o amistoso contra os EUA. Então, lá vai. Lembrando que é uma opinião de quem vos escreve. Prefiro uma renovação que valorize a garotada que vem desbancando os mais velhos. Críticas são bem vindas. Vale ressaltar também que jogadores da europa, Santos, São Paulo e Internacional não poderão ser convocados,pois estão em férias e com compromissos em outros campeonatos. Por isso, essa lista ainda não mostra a cara da seleção.

Goleiros – Victor (Grêmio), Jefferson(Botafogo) e Fernando Henrique (Fluminense)

Laterais – Diego Renan(Cruzeiro),Mário Fernandes(Grêmio),Leonardo Moura(Flamengo)e Mariano (Fluminense)

Zagueiros – William (Corinthians), Rafael Marques (Grêmio), Rafael Tolói (Goiás)e Maurício Ramos (Palmeiras)

Meio Campo – Adílson (Grêmio), Elias (Corinthians),Fabrício (Cruzeiro), Diguinho (Fluminense) Phillipe Coutinho (Vasco), Lincoln (Palmeiras), Diego Souza(Atlético-MG) e Willians (Flamengo)

Ataque – Fred (Fluminense), Kléber (Palmeiras), Diego Tardelli (Atlético-MG) e Jonas (Grêmio)

Time Base: Victor; Leonardo Moura, Rafael Marques, Rafael Tolói e Diego Renan; Elias, Diguinho, Lincoln e Diego Souza; Fred e Kléber

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A seleção, enfim, teria um técnico,....

...mas Muricy Ramalho preferiu a estabilidade de um time de futebol do que um contrato de risco com a seleção brasileira. Certo ele! Deixar o líder do campeonato para assumir uma seleção que já possui um técnico. Aliás, muito inexperiente e ruim por sinal. Ricardo Teixeira e seus auxiliares da CBF entortam e querem mandar no time pentacampeão mundial. Se o trabalho fosse mais sério, o técnico do Fluminense poderia pensar, pois o mesmo caracteriza-se pelo profissionalismo e por cumprir seus contratos. E por falar na papelada, o tricolor carioca pretende prorrogar a era Muricy até 2012.

Mas quem poderá ser o técnico da seleção? Um nome deve ser pensado rapidamente, afinal o Brasil tem um amistoso dia 10 de agosto contra os Estados Unidos em New Jersey, no New Meadowlands Stadium. A CBF pretende fazer uma proposta para Mano Menezes daqui a algumas horas. Mas se tudo correr logicamente, ele não sairá do timão por dois motivos: o primeiro é a boa classificação que se time ocupa no Brasileirão 2010; o segundo é que Andrés Sanchez não quererá, com Horcades, presidente do Flu, não quis.

Mas, ‘e agora José?’ O que será da seleção? Ficará órfã de técnico, ou buscará qualquer ‘tapa buraco’ para não passar vergonha? Entre essas duas opções, a menos pior é a primeira. Maldito pessimismo! E o pior de tudo é a realidade nua e crua: mais vale um time estável do que a grande seleção brasileira de futebol.

sábado, 17 de julho de 2010

K9 e a troca mais do que justa

Quando Keirrison, ou K9, foi contratado pelo Santos devido à venda do atacante André para o Dínamo Kiev-UCR, a intenção era manter a qualidade. Ou seja, fazer uma troca justa. Porém, justiça seja feita: foi uma ótima troca.

Alguns podem achar que André se encaixa melhor nesse time do Santos pelo fato de conhecer os garotos Neymar e Ganso de perto. Isso é algo relevante se Keirrison não fosse o contratado. Os números provam uma regularidade mais do que impressionante para um atacante. Pelo Brasil, Keirrison atuou em 122 partidas pelo Coritiba e marcou 65 gols (0,54 gol por partida). Já a passagem pelo Palmeiras foi rápida, porém marcante: 35 partidas e 24 gols (0,69 por jogo). Isso prova a eficiência de um atacante. Um gol a cada dois jogos é uma marca que muito atacante gostaria de usufruir.

Do lado oposto, André também coleciona números muito bons. Em 50 partidas disputadas com o time santista, marcou 28 gols, o que dá uma média de 0,56 gols por jogo.

Com a contratação de Keirrison, o time do Santos pode ter um certo desentrosamento com o jovem atacante. Mas é tudo a curto prazo, pois quando a máquina santista engrenar novamente, terá muito mais qualidade do que anteriormente. Vale ressaltar a competência dos dois jovens atacantes. Rápidos, eficientes e matadores. Mas Keirrison leva uma ligeira vantagem: tem mais nome (apesar de isso não valer muita coisa) e uma regularidade estatística impressionante.

Bom seria os dois nesse time do Santos....Ganharia o brasileiro, mas perderiam os adversários.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Arianismo enrustido

O título é um pouco pesado para quem ver assim, de supetão. Mas ele veio muito antes de escrever esse texto. Foi quando discutia com um colega sobre qual o treinador ideal para a seleção brasileira. Logo brinquei que se é para ter o melhor técnico, porque não o mestre José Mourinho, campeão da UEFA pela Inter de Milão? O rapaz se intrigou e soltou: “A seleção brasileira nunca terá um técnico estrangeiro para comandar seu time, muito menos jogador naturalizado!”.

A conversa passou e fui pensando sobre essa declaração. Porque não aceitar algo que vem de fora, se todo mundo deleita-se pelo nosso futebol? Quer dizer que não podemos ter apreço pelo estrangeiro, ou que só alguém tradicionalmente brasileiro poderia defender as cores da seleção brasileira? José Mourinho é, atualmente, o melhor técnico do planeta. Consegue montar equipes consistentes defensivamente, com um rigor tático incrível, além de saber lhe dar com estrelas – coisas que o Brasil tem de sobra, sem nenhuma modéstia. Qual técnico brasileiro é melhor que Mourinho atualmente? Ninguém! Ponto parágrafo!

Isso me lembra o velho dogma hitleriano do arianismo. Quer dizer que só os brasileiros são os melhores, e nada mais presta? Se Xabi Alonso, volante espanhol, fosse naturalizado brasileiro, seria titular absoluto dessa seleção de 2010. Até porque sua posição é a mesma do ‘espetacular’ Gilberto Silva, reserva do Panathinaikos da Grécia (!). Ou então se Lionel Messi declarasse o desejo de ser brasileiro, não o deixaríamos vestir o manto canário?

A visão do brasileiro em achar que são os melhores no futebol traduz uma perspectiva preconceituosa e reducionista acerca do que é o esporte. Existem craques lá fora. Da mesma forma que há vida futebolística inteligente em outros continentes.

Nosso futebol é cheio de graça, cheio de arte e beleza. Temos jogadores para dar e vender. Mas vale lembrar que muitos estrangeiros fizeram história no Brasil. O ex-técnico do Honved - HUN de 1954, Bella Guttman, revolucionou a forma tática de jogar futebol aqui na terra do pau-brasil, por exemplo. Teve uma curta passagem pelo São Paulo e utilizou o revolucionário 4-2-4 que, consequentemente, contribuiu para aperfeiçoar o padrão de jogo brasileiro.

Alguns jogadores marcaram época no cenário brasileiro como o uruguaio Pablo Forlán, que atuou no tricolor paulista entre 1970 – 1976, ou o argentino Doval, que fez parte da máquina tricolor carioca em 1975. São alguns dos pouquíssimos exemplos para tentar tirar o preconceito do leitor.

Por isso não se deve fechar os olhos para o futebol bonito lá fora. Não se deve menosprezar outras grandes seleções, pois quando o Brasil tropeça, devemos reconhecer os méritos do adversário, e não procurar a derrota apenas em nossas falhas. É mais um preconceito – entre tantos outros – no país mais ‘misturado’ etnicamente do mundo.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Não culpem o Flamengo!

Os últimos escândalos acerca do caso Bruno, goleiro do Flamengo, me fizeram pensar sobre a questão da vinculação de jogadores às instituições futebolísticas. O que quero dizer é que jogadores como esse goleiro, Vagner Love e Adriano – que não jogam mais pelo rubro-negro – envergonham a maior torcida do Brasil. Jogadores que andam com traficantes, empunham armas e praticam orgias não devem ser lembrados como jogadores de nenhuma instituição.

Outra coisa que me espanta é a tal vinculação que a imprensa faz entre esses jogadores e o Clube de Regatas do Flamengo. Não sou hipócrita em achar que, quando se fala no goleiro Bruno, lembra-se do rubro-negro carioca. O problema é inseri-los diretamente em um contexto institucional, que mexe até com a própria torcida. Os adeptos do Flamengo não desejam ver seu time taxado de ‘recanto dos marginais’ ou qualquer coisa do gênero. Vejo matérias no globoesporte.com e no próprio jornal semanário de Sergipe – Cinform – falando sobre os escândalos e atribuindo, às vezes, essa causa ao clube Flamengo.

Devo lembrar que jogadores, comissão técnica, presidentes, são passageiros. O Flamengo existe a mais de cem anos. Forma uma aura de tradição, títulos, feitos históricos e inserção mundial. O Flamengo é conhecido em todo o mundo. Bruno não. O Flamengo é o maior campeão carioca e seis vezes campeão brasileiro. O seu goleiro nunca terá todos esses títulos. O rubro-negro já foi campeão mundial. Bruno está longe de ser.

Por isso, Bruno, Vagner Love ou Adriano são, na pureza e essência da palavra, jogadores de qualquer clube, e não apenas do Flamengo, que é maior do que qualquer jogador nesse mundo. Por isso, independente de qualquer escândalo, preserve a instituição, seja ela qual for. Não culpem o Flamengo, de jeito algum!

domingo, 4 de julho de 2010

Seleção não é lugar para testes

Acredito que Ricardo Teixeira aprendeu que técnico bom é técnico experiente, de nome, de peso, de conhecimento tático. Até porque ele deve ter sentido a dor de levar um técnico que nunca treinou nem o time do seu bairro. Dunga como técnico é – foi – um ótimo primeiro volante. E só.

Desde o começo, o primeiro equívoco foi ter levado um treinador sem experiência. Soma-se a isto o fato de Dunga ser um cara insensível (no sentido técnico da palavra) e conservador ao extremo. No fim, um desastre fenomenal.

Com a merda toda feita e Dunga demitido, o objetivo agora será a escolha de um bom nome para comandar os canarinhos – que não cantaram nada nessa Copa. Mas o que se entende por um bom nome? Eis uma questão complicada. Mas vamos procurar entender juntos essa questão, caro leitor.

Se ficou provado que o treinador deve ser experiente, rodado, é quase lógico que a CBF não chame Leonardo. Concordam? O ex-técnico milanês preza por um jogo ofensivo, vistoso e às vezes até aventureiro, mas falta experiência. Falta quilometragem enquanto técnico. Por enquanto não é, e nem deve ser, a opção mais coerente.

Um bom nome seria Luis Felipe Scolari. Mas o próprio técnico já disse que só pensa no Palmeiras até 2012, pelo menos. Ou seja, ta fora!

O presidente da CBF disse que o novo técnico deve ter o pensamento focado na renovação. Por isso Muricy Ramalho figura na lista desejosa do presidente. Um técnico que dispensa comentários – assim como Felipão – e que sabe encontrar talentos. Tem faro para isso. É um nome a se pensar.

Mas o nome bem visto, tanto pelo autor deste texto quanto pela imprensa, seria Vanderlei Luxemburgo. Pegue Muricy Ramalho, some dois brasileiros mais terno e gravata. O resultado é o atual técnico do Atlético-MG. O problema é ele querer sair do galo para tentar a sorte – ou azar – na seleção brasileira.

Independente da escolha sabe-se que uma boa seleção começa por um bom técnico, afinal lá estão os melhores jogadores. E se estão os melhores, o técnico também deve ser. Se lá estão os craques e alguns experientes, o técnico idem. E que o tropeço e a cagada dessa seleção de 2010 sirva de exemplo para as copas futuras. Até porque permanecer no erro é uma burrice danada.

O que acharam amigos? Opinem abaixo. Se pensarem em outros nomes, coloquem também.

sábado, 3 de julho de 2010

De um lado a guerra, do outro, a revanche

Os confrontos da semifinal da copa marcam detalhes curiosos. O primeiro é a volta do Uruguai no cenário futebolístico mundial, que enfrentará a Laranja Mecânica. O segundo é a disputa entre Alemanha e Espanha. Logicamente, todos vão dizer que não existe revanche – principalmente o lado alemão –, mas no fundo a melhor seleção desse mundial está enraivada e com tesão de vencer os espanhóis.

Entre Uruguai e Holanda, o jogo será truncado principalmente do lado celeste, que atuará semelhante ao Paraguai contra a Espanha. Marcará sob pressão, encurtando os espaços da Holanda, que precisa de folga e desprendimento para seu futebol fluir – muito bom, por sinal. Vitória doce como uma laranja. Mas o Uruguai sairá de cabeça erguida, diferentemente de Brasil e Argentina.

Na outra partida, a revanche cria um cenário favorável à Alemanha, que pratica o melhor futebol, equilibrando a ofensividade com a solidez defensiva. Estão mordidos pela derrota na Euro 2008 para a mesma Espanha. Um jogo aberto, bonito de se ver e bastante técnico. Jogo da individualidade e para craques de bola. Vitória alemã, com gol de Klose, é claro.

A final, pelo que escrevi aqui, será entre Holanda e Alemanha. Mas disso eu falarei depois. Uma coisa de cada vez.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A celeste renasce

A partida entre Uruguai e Gana pelas quartas de final da Copa foi de tirar o fôlego. Literalmente! Os dois times correram até na prorrogação e lutaram até o fim. Gana podia ter vencido se Gyan não tivesse perdido o pênalti nos acréscimos do segundo tempo da prorrogação (nossa!). No tempo normal, Uruguai e Gana empataram em 1x1, com gol de Muntari (a Jabulani ajudou) e Forlán.

Suarez, Lugano, Victorino e principalmente Diego Fórlan mostraram determinação e técnica. Garra e vontade de vencer. E venceu nos pênaltis por 4x2 em uma disputa que consagrou o goleiro Muslera. O jovem defendeu dois pênaltis – que foram mal batidos – e levou a celeste para as semi-finais da Copa. Agora enfrentará a Holanda que venceu o Brasil.

Porém o que mais tirou o fôlego foi a última cobrança de pênalti. Quando Loco Abreu pegou a bola, pensei: “Será que ele tem coragem?”. E teve. Bateu o último pênalti, que daria a classificação uruguaia, de cavadinha. Que loucura, Loco Abreu!. E que competência, artilheiro do Botafogo!

Mas vamos analisar friamente o que vem pela frente. O Uruguai encantou, chegou às semi-finais e mostrou novamente sua força no cenário mundial. Mas não acredito que derrote a Holanda. Se bem que futebol é uma incógnita, uma coisa incompreensível. Quem sabe aquele time bicampeão olímpico não cai do céu em cada jogador uruguaio e massacra a Laranja Mecânica? Bem, é uma possibilidade que eu me detenho a acreditar.

A verdade que assombra, e assola

A verdade tem que ser dita: a Holanda teve, e tem mais time que o Brasil. O problema é que a ilusão é algo comum no futebol. Apenas taticamente nenhum time ganha jogo. Por isso que o primeiro tempo brasileiro foi ótimo e o segundo, uma merda. Prendeu a Laranja Mecânica e não deu espaço para o seu jogo. No segundo tempo, ela mostrou como se joga futebol. Ensinou como se joga bola. Coisa que o Brasil sempre soube, mas esse Brasil de 2010....

Aliás, futebol é coisa que Dunga nunca deixou que seus jogadores praticassem. É visível a limitação técnica de alguns no momento em que mais se precisa. Reconhecemos que disposição, vontade, garra e determinação é um passo para se vencer uma partida. Porém faltou técnica, classe, individualidade, talento e craques (principalmente).

O gol de Robinho no primeiro tempo e avalanche brasileira contra a Holanda encheu de esperança o coração brasileiro. E o meu também, que torci como apaixonado, tentando deixar de lado a isenção total. Nós dominávamos aquela máquina de jogar futebol. Não havia espaço para Robben, Sneijder ou Kuyt. Para ninguém. O Brasil marcava como a Itália, mas não jogava como o Brasil.

Um parêntese aqui, por favor: O Brasil contra-atacou com a força da Holanda de sempre. Defendeu como a Itália. Tocava a bola como o Uruguai de 1950. Mas não se via o Brasil em nenhum momento. Dunga simplesmente mudou a cultura futebolística da nossa seleção. Mudou para pior a nossa forma de jogar. Achava – e ainda acha, pois é cabeça de bagre – que marcação forte, força física e determinação ganhassem jogo. Mas aqui na seleção o que reina é a ofensividade, a velocidade e a técnica.

E começou o segundo tempo e a Holanda renasceu. Tomou um gol, tomou outro. O Brasil perdeu a calma e a paciência. Felipe Melo esquentou a cabeça e foi expulso com uma solada sem explicação. E a frase que sempre reinou: “Será que um dia Felipe iria perder a cabeça e ser expulso no momento em que mais precisássemos dele?”. Bem, a cabeça ele já perdeu há tempos contra Costa do Marfim e Portugal. Expulso na hora que se precisava dele? Foi hoje. Aliás, ele é um imprestável que de construtivo só foi o magistral passe para o gol de Robinho. Estatísticas mostravam que ele era o que errava menos passes. Pois vos digo: estatística é a arte de enganar os idiotas com números!

Tomou a virada, ou o virote, como queiram. E não havia como reagir, pois o Brasil não tem substitutos que decidem jogo. A única esperança ali era Nilmar. Mas a burrice de Dunga em trocá-lo por Luis Fabiano atrapalhou tudo. Vai colocar quem? Josué? Kléberson? Depois dizem que era um erro não levar Ganso ou Ronaldinho Gaúcho.

Por isso acabou-se a seleção! Os brasileiros só devem abrir a boca para o presidente Lúcio, capitão-nato. Um líder! Porém seu brilho ficou ofuscado pela ditadura de Dunga, que trancafiava os jogadores e os isolava de tudo e de todos. É assim que se ganha futebol? Nunca na história desse país cinco vezes campeão. E se Dunga ficar na seleção depois disso, é melhor nem ter Brasil na Copa de 2014.

domingo, 27 de junho de 2010

Futebol competente e vistoso

Caros leitores, a grande vitória da Alemanha contra a Inglaterra me fez encher os olhos de perplexidade e encantamento. Como joga – e jogou – o tricampeão mundial. Ozil, Podolski e Klose arrasaram a defesa britânica, que nada pode fazer para conter as peripécias e arrancadas fulminantes desses três grandes jogadores.

O maior destaque foi na eficiência dos contra ataques. Poucas vezes nessa vida vi um time tão objetivo e técnico. Aliado a um rigor tático incrível, a Alemanha jogou a Inglaterra contra a parede, que nada pode fazer. Apesar do gol não validado (que todo mundo, menos o árbitro e seu auxiliar, viram) que poderia mudar a história do jogo, os germânicos buscaram a vitória a todo o momento.

O sucesso desse time foi ter deixado de ser a Alemanha de sempre. Não que seja outra Alemanha. Longe disso! O que quero dizer é que o técnico Joachim Löw abriu as portas para a técnica e o jogo vistoso, bonito e encantador. Porém objetivo e guerreiro como a Alemanha de sempre. Foi um casamento que deu certo, e está dando. Um time que joga com três atacantes velozes e habilidosos, mas que busca a perfeição tática e a eficiência defensiva. Deu tudo certo para os alemães.

E o resultado foi esse: 4x1 contra os Ingleses, que parecem seguir o caminho inverso do seu adversário. A três copas que Gerrard, Lampard, Ashley Cole e companhia são convocados. Não há renovação. Não há aprimoramento. O resultado é a criação de um bom time, porém engessado.

Mas não interessa falar da Inglaterra, que ombreou com qualidade os alemães, mas que não agüentaram por muito tempo o bom futebol do adversário. Palmas para a Alemanha, que fará uma partida fundamental contra a Argentina. Se Sobrenatural de Almeida permitir, desse confronto sairá um finalista. Podem escrever.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Só a vitória interessa

A vitória de 2x1 do Brasil sobre a ‘forte e temida’ seleção da Coréia do Norte só agradou a Dunga. Mas isso já é lógico, até porque a mediocridade dos resultados positivos é a sua filosofia número 1. O time venceu, mas o meio campo foi lento, Luis Fabiano plantou-se na área e os volantes, ou não sabem, ou desaprenderam a jogar bola. Maicon e Elano marcaram os gols da partida. Yun-Nam descontou para os norte-coreanos.

As jogadas do Brasil eram telegrafadas e até a inocente seleção coreana conseguia marcar os jogadores brasileiros. A jogada era assim: troca de passes lá atrás entre os zagueiros, a bola passa para Michel Bastos que inverte o jogo para Maicon que avança, toca para Kaká que... perde a bola. Às vezes Robinho (o melhor em campo disparado ao lado de Maicon) tentava resolver a partida, mas ninguém se aproximava para buscar jogo. Parecia um bando de preguiçosos em campo.

Kaká e Luis Fabiano deixaram a desejar bastante. Mesmo voltando de contusão, um jogo contra a modesta Coréia do Norte serviria para melhorar a condição física de ambos. Mas não foi o que aconteceu. Kaká, logo no segundo tempo, foi substituído pelo bom menino Nilmar, que não é Neymar, mas joga muita bola.

E lá vai um desabafo: para que raios Dunga coloca três volantes em um jogo desses? (para mim, Elano é um terceiro volante mais aberto pela direita, e só). A seleção adversária é tão imponente assim? Contra o Brasil ela se tornou, mas porque nós deixamos. Felipe Melo só escorregava e Gilberto Silva só andava. Um dos dois poderia ter saído, ou nem ter entrado em campo, e cedido lugar à Ramires, que também ajuda na marcação, mas joga mais solto e tem melhor passe. Ou mandava Gilberto pro meio campo pela esquerda.

O técnico Dunga é um típico indivíduo que não busca a vitória no futebol. Buscar a vitória é partir para cima e querer fazer o resultado mais justo para a disparidade técnica entre os times. 2x1 é resultado para Brasil x Itália, Inglaterra, Espanha... O técnico da nossa seleção espera a vitória chegar. Quer que ela caia de surpresa em seu colo. Mas de uma coisa eu tenho certeza: aquilo ali não é o Brasil. Aquela coisa lenta, apática e feia não é a seleção brasileira. É outra coisa. Mas o que importa é vencer, não é mesmo Dunga? Isso basta (para ele).

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Uma Copa horrível, por enquanto

Duas partidas, dois empates, quatro times apáticos. O início de uma Copa do Mundo não podia ter sido pior. Os ‘donos’ da Copa apenas empataram com o fraco México e a França ficou no 0x0 com o retranqueiro Uruguai.

A única coisa que me encheu os olhos foi o posicionamento dos Bafana-Bafana. Um time com a cara de Carlos Alberto Parreira: valorizando o toque de bola, sem pressa para atacar e uma movimentação tática perfeita. Um time muito fraco como a África do Sul deve levantar as mãos para o céu por ter um comandante como Parreira. Foi uma aula tática. Um senhor obsoleto no futebol mundial (principalmente no Brasil), mas com um conhecimento vasto sobre o maior esporte do mundo.

O time Africano jogava, teoricamente com um 3-5-2. Quando o México atacava, todo o time recuava e os alas recuavam fazendo uma linha de cinco defensores, um volante à frente, uma linha de três meio campistas dando o primeiro combate e apenas Mphela isolado. Um time bem montado, com jogadores versáteis, velozes e com uma condição física impressionante. Às vezes um 4-2-3-1 podia ser visto, porém essa variação tática foi pouco usada durante a partida.

Quando a África do Sul atacava, os velozes atacantes Tshabalala e Mphela abriam pelos flancos e formavam um buraco na defesa mexicana, que também atuava com três zagueiros. Isso dava liberdade aos alas e principalmente para Pienaar, o único vestígio de criatividade na partida.

No final, um empate injusto para os sul-africanos, que jogaram melhor, grampearam a trave adversária e, apesar da limitação técnica, jogou bem para os seus atributos.

...

Já o jogo entre França e Uruguai foi péssimo. O que salvou foi a bela (como sempre) narração de Cléber Machado. A azul-celeste, que já foi duas vezes campeã mundial (1930 e 50) apenas se defendeu da França, vencedora em 1998. Os franceses comandados por Ribery pararam na retranca uruguaia, que mesmo tendo os competentes Diego Forlán e Suarez no ataque, não criaram problemas para a zaga francesa.

O meio campista Diaby foi outro jogador importante para o time da França. Um time que jogava com Anelka, Govou e Ribery no ataque deveria ter uma consistência defensiva. E o jogador do Arsenal foi responsável por isso.

...

Com a Copa demonstrando um nível baixíssimo, só resta a nós telespectadores torcer para que as próximas partidas sejam ‘assistíveis’. Dá-me até uma saudade do Campeonato Brasileiro. Mas, logo tudo melhorará.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tentando renascer uma tradição

Como pode um time tão tradicional e de uma torcida tão apaixonada quanto a do Esporte Clube Bahia sumir de forma tão sutil e tênue da história do futebol? É uma pergunta fácil de responder. Por isso, vamos voltar um pouco no tempo e procurar entender.

Com exceção de 2000 e 2001, o tricolor baiano sofreu perdas irreparáveis em sua estrutura administrativa. Qualquer time mal gerido acaba virando lixo. E de quem é a culpa? De uma gestão amadora e imprestável, que levou um time de torcida tão bela à beira do abismo. O Bahia, aquele campeão brasileiro de 1988 (vencendo o grande time do Internacional), e maior campeão do seu Estado, tornou-se uma fortaleza de, desculpem o termo, cagadas, sofismas e incompetências. Levaram esta instituição até o terceiro nível de desprezo (série C) e chutaram esse clube tão glorioso.

Mas mesmo com tanta humilhação, o torcedor apaixonado do Bahia não desistiu e lotava a grandiosa Fonte Nova para empurrar o time rumo à série B em 2007. Mesmo com o feito, a administração era mal feita e o time vagou pelo segundo escalão do futebol sem ‘lenço e sem documento’. Parecia perdido em meio a uma guerra de interesses de gestão (que não é bom nem citar o nome dos ‘grandes’ autores). O Bahia viveu uma Divina Comédia, mantendo-se por muito tempo no Inferno dantesco. E mesmo com tudo isso, a torcida cantava, vibrava e apóiava.

Mas parece que em 2010 a situação mudará e o Bahia poderá mostrar-se grande novamente. Poderá ‘peitar’ os nobres com a mesma força de sua fidalguia. O tricolor encontra-se invicto na competição com 10 pontos e é líder ao lado de outro nordestino: o Náutico.

Eu só espero que as pessoas, torcedores de outros times, possam entender a importância de ter um time como o Bahia na elite do futebol. Afinal, sua torcida é apaixonante, fiel e merecedora de um Esporte Clube Bahia melhor.


Foi só um desabafo pelo apreço que tenho por esta instituição.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

São Dunga e seus 23 apóstolos

Demorei um pouco para me manifestar sobre a convocação do técnico da seleção brasileira que aconteceu na terça feira, dia 11, sobre os olhares de vários jornalistas e da população brasileira (mundial também).

Vou direto ao ponto: gostei da lista. Foi coerente e sem graça, assim como é a personalidade de Dunga. Mas é uma pessoa que é precisa, pé no chão e que sabe planejar, e isso é fato. Mas a sensibilidade de técnico é uma coisa o falta ainda. Insensível porque sua lista já estava pronta a uma semana antes da convocação. Para alguns isso pode parecer planejamento. E é. Mas às vezes é necessário ser um pouco ‘incoerente’ como disse o jornalista do SporTV, Lédio Carmona.

E faltou incoerência mesmo. O Brasil e o mundo pediram Neymar e Ganso, além de Ronaldinho Gaúcho. Não acho que deveria ter levado todos, mas pelo menos um dos três. Paulo Henrique Ganso seria o substituto imediato de Kaká, porque Júlio Baptista (com todo o respeito ao futebol que ele possui) não joga mais do que o meia do Santos atualmente. E outra, J. Baptista (que esquenta banco na Roma para Luca Toni e cia. ilimitada) não possui as mesmas características do camisa 8 do Real Madrid. Ganso possui.

Fora isso, há duas observações: Josué está longe de jogar mais do que Hernanes. O craque são paulino vive uma ótima fase, é um ótimo jogador e, além disso, é um curinga em campo – um termo usado para um jogador que atua em várias posições. Josué, com seu futebol mediano, viveu alguns prelúdios de boa fase. Esporádicos e nada mais.

O que resta a população brasileira é torcer para esses 23 apóstolos do técnico Dunga. Afinal, para ele o que mais importa é ser fiel e disciplinado, mesmo tendo muitos jogadores que são reservas em seus times. Nada contra, até porque cada técnico tem sua filosofia. Veremos se essa filosofia (ou melhor, doutrina/dogma) se sustenta. Esperamos que sim! Os 23, no geral, são bons nomes. É aquela coisa: o meio campo é horrível, mas é eficiente, assim como todo o time.

O Brasileirão 2010 promete!

Todos os torcedores no ano passado ficaram perplexos com a trajetória dos jogos no campeonato brasileiro. Um ano de muitas emoções na parte de cima e de baixo também(porque não?). Vimos o souvenir de aço chegar às mãos de pelo menos quatro times: Palmeiras, Internacional, São Paulo e Flamengo, que foi o oportunista depois de fazer o campeonato aos trancos e barranco até a rodada 20, pelo menos. No final venceu por sorte e competência de time grande.

Lá embaixo dois times protagonizaram arrancadas fantásticas. Botafogo passou a ser invicto e o Fluminense invencível. Os dois se recusaram a perder, parecer e sofrer. Mereceram a vitória pela luta e garra.

O campeonato de 2009 deixou os torcedores sem ar e sem ação. E no final dele uma ansiedade reinou à espera da edição 2010 do maior campeonato nacional. E tudo, ao que parece, levará a uma situação parecida e, quem sabe, até mais emocionante. Dos vinte concorrentes, colocarei em disputa direta pelo título pelo menos dez. Isso mesmo! Todo o eixo dos grandes paulistas, mais os gaúchos, mineiros e dois cariocas (a dupla Fla-Flu) possuem times com chances de títulos. Alguns precisam melhorar o elenco, outros precisam se entrosar, e por aí vai.

A questão é que os times estão bem representados, com jogadores de nível mundial, com elencos de qualidade e um equilíbrio notável. Alguns pequenos interioranos correm por fora, mas quem sabe um Ceará ou Atlético-GO surpreendam e tirem a vaga da libertadores de um time grande? Tudo é possível e nada é improvável. É um campeonato que não admite zebras. E não terá mesmo.

sábado, 1 de maio de 2010

Crítica ao campeonato inglês

Me aventurei a assistir uma partida completa pelo campeonato inglês entre Manchester City e Aston Villa, dois times ‘desconhecidos’ aos olhos do senso comum. O primeiro vem crescendo, enriquecendo e contratando jogadores não-ingleses, e bons ingleses. O segundo poderia ser a quinta força, isto se não estivesse há muitos anos sem ganhar um título em seu país. O resultado foi 3x1 para os donos do “City of Manchester Stadium”, mas isso é o que menos importa agora. Aliás, importa os marcadores do Manchester City na partida: o argentino Tevez, o togolês Adebayor e o galês Bellamy. Tem algum inglês nessa lista?

O que quero dizer é que times como Aston Villa, West Ham, Fulham caíram no esquecimento em seus campeonatos. Ainda fazem parte da Premier League, a primeira divisão inglesa, porém a grande maioria que assiste de fora conhece apenas quatro forças: Arsenal, Chelsea, Liverpool e Manchester United. Mas nada isso é ocasional, até porque, futebol bonito é com esses quatro.

E só é bonito porque, coincidentemente, esses times não são o retrato do futebol inglês: pragmático, que valoriza passes e lançamentos longos com velocidade. O Arsenal joga bonito com o cerebral Francésc Fabregas, espanhol, no meio campo. O Manchester tem o oportunismo do búlgaro Dimitar Berbatov, o Liverpool tem o espanhol Fernando Torres e o Chelsea, Michael Ballack, o capitão da seleção alemã. E olha que citei apenas um em cada time.

Esses mesmos quatro grandes também possuem bons ingleses em seus times. Os xerifões Ferdinand e John Terry de Manchester United e Chelsea, respectivamente, Rooney e Owen também do Manchester. Steven Gerrard do Liverpool e Theo Walcott do Arsenal terminam o número restrito de representantes ingleses que atual na Inglaterra.

Por isso digo que a única forma de times tradicionais lá da Inglaterra voltarem ao prestígio de antes é contratando estrangeiros para seus clubes. Infelizmente o inglês é pior que o brasileiro no que diz respeito ao que vem de fora. Bem, e não deixam de ter razão, afinal o futebol inglês pode até ser bom, mas não enche os olhos de quem curte um belo futebol. Porque a seleção Inglesa joga bem, mas seu campeonato é ruim? A resposta é lógica: lá estão os melhores.

terça-feira, 27 de abril de 2010

ANÁLISE TÁTICA: O FLUMINENSE DE MURICY CONTRA O GRÊMIO

Não resta dúvida que o novo técnico do Fluminense, Muricy Ramalho, acertou em cheio na nova escalação do time para suprir a ausência de Conca. O argentino, mais brasileiro do que tudo, não tem um reserva a altura. Quando está ausente, aí tem que mexer em toda a estrutura do time. É um jogador diferenciado, que faz falta, mas o tricolor terá que se organizar para defrontar o Grêmio na quinta-feira, às 21:50h no Maracanã, pela primeira partida.

Foram três mudanças para a partida de ida e dessas, duas acertadas na minha opinião. A primeira foi a entrada do jovem atacante Wellington Silva no time titular no lugar de Alan, machucado. Aliás, ele nunca deveria ter saído desse time. O segundo acerto foi Marquinho no lugar de Conca. Não que Marquinho irá atuar como Conca, longe disso, muito longe. Mas a substituição foi exemplar se observarmos o conjunto da obra. Diguinho, Marquinho e Everton irão compor um meio campo técnico, marcador, rápido e prático. Todos podem atuar nas três posições do meio campo. Éverton, provavelmente, será o mais avançado, com Marquinho e Diguinho mais recuados, tapando os buracos que os alas Mariano e Júlio César deixarão em seus eficientes avanços pelos lados.

O erro foi a saída de Cássio para a entrada de Digão. Muricy se caracterizou por jogar com três zagueiros rápidos pelos clubes por onde passou. Se essa era a intenção dele, foi uma mudança equivocada. Leandro Euzébio é que deveria sair desse trio de zagueiros, por ser muito lento.

O fato é que o Fluminense de Muricy terá uma partida dificílima contra o Grêmio por dois motivos: não tem Conca e pega, realmente, um adversário difícil, entrosado e encorpado. Mas tudo pode acontecer em uma partida de tricolores copeiros, com um maior pendor para o gaúcho, é claro.

Pesos pesados em campo

O duelo se aproxima e, a cada dia, aumenta-se a expectativa para ver Ronaldo e Adriano em campo por Corinthians e Flamengo, respectivamente, nesta quarta-feira, às 21:50h, pelas oitavas de final da Libertadores 2010. Um confronto entre dois jogadores craques, craquíssimos (com o perdão do neologismo) e fora de forma. ‘Atletas’ que decidem uma partida, mesmo estando com cinco ou dez quilos a mais.

O Fenômeno e o Imperador estão com todo o peso da responsabilidade de levar seus clubes às quartas de finais da maior competição sul-americana. Literalmente é algo pesado. A motivação e a ansiedade são visíveis em seus olhos. Serão dois jogadores motivados e que, com certeza, aprontarão demasiadas peripécias em campo. Darão espetáculos.

São times com uma referência de cada lado, mas o conjunto de ambos é muito bom. O Corinthians tem mais time e tem a melhor campanha da primeira fase. O Flamengo tem mais jogadores decisivos. O Timão é mais experiente. O rubro-negro é mais ofensivo, além de ter outro diferencial: o apaixonado por futebol Vagner Love.

Os pontos fracos do Corinthians são, sem dúvida, a lentidão e a falta de entrosamento. Do lado carioca, a defesa, apesar de ter jogadores de nome, e o primeiro volante são deprimentes, ou estão em má fase. O rubro-negro tem um novo técnico(Rogério Lourenço), ou projeto deste, e ninguém sabe qual será sua postura. Solução? Só escrevendo umas 3 páginas.

O que se sabe é que apesar dos problemas, do mau condicionamento dos craques Ronaldo e Adriano e da pressão por classificação, a camisa pesará e a tradição entrará em campo. Os jogadores esquecerão seus erros e aprenderão, novamente, a jogar futebol. O espetáculo exige isso e só entrarão em campo os mais capacitados ou determinados a provar sua qualidade e honrar suas camisas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Caiu por chuva

A derrota, opa, o empate do Flamengo contra a Universidad de Chile foi tão catastrófico quanto o temporal que ocorreu no Rio há dois dias. O rubro-negro teve a chance de vencer a partida, e conseguia o objetivo até os 46 minutos do segundo tempo, quando Rodriguez ganhou a disputa com o zagueiro Álvaro e mandou aos ‘fundos redais’.

O Fla saiu em desvantagem no placar no fim do primeiro tempo. Aos 40 minutos, Montillo marcou. 1x0 ‘La U’ – esse é o apelido do time visitante. A primeira etapa foi deprimente para o Urubu. Kléberson errava demais, Juan e Léo Moura não se entendiam. Só Michael e Vagner Love eram sóbrios, e só isso. No final do primeiro tempo a torcida pedia raça e, é claro, Pet.

Deixem-me abrir umas aspas aqui, por favor. Sejamos sinceros: Toró é o câncer desse time. Kléberson não jogou nada, isso é fato, mas pelo menos possui mais atributos técnicos e qualidade de seleção brasileira, ou ex-qualidade, ex-seleção. Sendo palpiteiro, colocaria Kéberson, Willians, Michael e Petkovic nesse meio campo, com V. Pacheco e V. Love no ataque. V de vingança, ou de Vaidade.

Por favor, sejamos conscientes. O Flamengo joga em casa com, é verdade, o líder do seu grupo, precisando da primeira colocação – na Libertadores 2010 só se classificam os primeiros de cada grupo, mais os 6 melhores segundo colocados – e coloca quase um terceiro zagueiro chamado Toró. Aliás, seu nome é familiar aí no rio. Toró,chuva... tudo a mesma coisa. Desastre também. Andrade teria que escalar o time mais ofensivo.

Mas, voltemos ao temporal, ou melhor, ao jogo.

O Flamengo voltou melhor, e a torcida começou a empurrar, mesmo em uma chuva danada. Bruno Mezenga substituiu Kléberson. Aos 14, a voz da torcida do Flamengo foi escutada por Andrade. Petkovic entrou no lugar de Vinícius Pacheco.

Bem que o Flamengo tentou, e tentava, e merecia o empate. E conseguiu. Aos 22, um gol sofrido. Sofrível. Vagner Love usou da raça, trocou sopapos do futebol com os zagueiros adversários e atrasou para Michael que chutou. A bola desviou no adversário e entrou, devagar, calmamente. 1x1. A bola estava tranqüila, serena. Ao contrário dos jogadores do Flamengo.

E a pressão continuava. E a chuva também. Petkovic mandou o balaço aos 30, mas a bola não tomou o rumo do gol. Errou. Vagner Love errou também aos 33. Erros, erros e erros, mas que mereciam um acerto. E não demorou.

Aos 37, Michael foi servido por Love. O meia-atacante foi desarmado, mas a bola sobrou para Leonardo Moura mandar um belo chute no alto. Flamengo 2x1.

Fim de jogo? Nunca, jamais! Futebol vai até o apito final. Todo time deveria jogar como a Alemanha de 1974: atuava os 90 minutos com a mesma força, vontade e destreza. Parece que o Flamengo não viu essa Alemanha jogar.

Aos 46 minutos, Rodriguez – como disse lá acima – empatou. Silêncio no MaracÁGUAzo. 2x2 e a segunda colocação no grupo. Outra vez. O que o Fla pretendia a La U fez cair por água, porque terra, meu caro leitor, terra lá não há.

terça-feira, 6 de abril de 2010

El rey del Camp Nou!



Vou logo chutar o balde e dizer: Messi é bem melhor do que Maradona. Aliás, tem potencial para ser. Devolvam-me o balde se acharem que estou equivocado. Mas essa é minha opinião. Se concordarem, chutem o balde para mais longe ainda.

Aqueles quatro gols contra o poderoso Arsenal corroboraram minha tese. Messi é craque, gênio, ‘de outro planeta’ como disse o técnico do time inglês, Arsene Wenger.

Para quem não acha isso tudo (achar pouco é impossível, na minha opinião) mostrarei alguns fatos e dados interessantes. Lógico que Maradona contribuiu muito mais para o futebol do que Lionel Messi. Mas, sem dúvida será melhor que ‘Dieguito’.


LIONEL ANDRÉS MESSI

Nasceu dia 24 de junho de 1987 – 22 anos

1,69 m e 67 kg

Jogador profissional desde os 16 anos, onde foi incorporado ao elenco principal do Barcelona na temporada 2003-2004. Poucos jogos depois, começou a jogar com Ronaldinho e Eto’o no ataque, caindo pelo lado esquerdo e trocando de posição com o craque brasileiro. A dupla funcionava, e muito bem.

Em 2008-2009 teve o seu auge: conquistou a tríplice coroa da Espanha, com a Copa del Rey, La Liga e UEFA Champions League. Foi o artilheiro da UEFA com 9 gols e venceu o duelo com Cristiano Ronaldo na final contra o Manchester United, marcando um gol na vitória de 2x0 do seu time catalão.

Em 2009 venceu o prêmio Ballon d’Or de melhor jogador da temporada pela revista France Football, a melhor no quesito futebol. No mesmo ano, venceu o maior prêmio individual: O de melhor jogador do mundo pela Fifa.

Mais de 200 jogos pelo Barcelona e mais de 100 gols.

SELEÇÃO ARGENTINA

Messi ainda não atuou em sua seleção da mesma forma que atua no Barça. Apesar de ser o principal, ou um dos principais jogadores do time, está longe de exercer seu grande potencial.

Em 2005 foi convocado para a seleção argentina sub-20

Em 2006, com 18 anos e 357 dias, foi convocada à Copa do Mundo na Alemanha. Marcou um gol e tornou-se o quinto jogador mais jovem a balançar as redes na maior competição de seleções do mundo. O gol foi na goleada de 6x0 na Sérvia e Montenegro.

Mesmo sem jogar o que sabe, liderou a seleção argentina até a final da Copa América em 2007. Perdeu a final para o Brasil.

Foi campeão olímpico em 2008


TÍTULOS - 16 EM 6 ANOS


La Liga: 2004-05, 2005-06 e 2008-09
Copa del Rey: 2008-09
Supercopa de España: 2005, 2006 e 2009
Copa Cataluña: 2003-04, 2004-05 e 2006-07
UEFA Champions League: 2005-06, 2008-09
UEFA Super Cup: 2009
Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2009

SELEÇÃO ARGENTINA
Mundial Sub-20: 2005
Jogos Olímpicos: Ouro em 2008

PRÊMIOS INDIVIDUAIS
Golden Boy (melhor jogador jovem do mundo): 2005
Melhor jogador do Mundial Sub-20: 2005
Melhor jogador da UEFA Champions League: 2008-09
Melhor atacante da UEFA Champions League: 2008-09
Bola de Ouro da Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2009
Melhor Jogador da Final da Copa do Mundo de Clubes da FIFA: 2009
Ballon d'Or: 2009
Melhor jogador do mundo pela FIFA: 2009

ARTILHARIAS
Mundial Sub-20: 2005 (6 gols)
UEFA Champions League: 2008-09 (9 gols)

domingo, 21 de março de 2010

Como é bom ver o Santos jogar

Eu ando tendo surtos nostálgicos com esse Santos de 2010. Mete 10x0 no Naiviraiense pela Copa do Brasil, e logo depois, espanca o Ituano no Pacaembu por 9x1. E olha que Pelé, opa, Neymar e Robinho não estavam em campo. Mas o Pepe de 2010 estava. Paulo Henrique foi cerebral, técnico, talentoso e garçom, além de marcar dois gols.

O jogo foi um massacre depois do primeiro minuto, quando João Leonardo marcou 1x0. Ituano. Logo depois, a avalanche santista fez logo 4x1 no primeiro tempo. André, duas vezes, Paulo Henrique e Madson acabaram com o prelúdio eufórico do Ituano.

No segundo tempo a equipe voltou muito mais arrasadora, e marcou mais 5 gols. Madson, novamente, Maikon Leite, Paulo Henrique outra vez, Zé Eduardo e André fecharam a chuva de gols.

O peixe jogava e joga por música. Nada para esse time. A ausência de Neymar e Robinho calou a boca dos críticos que acham que o diferencial do Santos está aí. Aliás está. Mas só o individualismo não ganha jogo. A equipe é taticamente perfeita nesse momento. A derrota para o Palmeiras agradou as pessoas que acham que futebol é resultado. Estão equivocados. Futebol é arte, graça, beleza e jogo bonito. Ganhar faz parte. É isso que faz um time ser marcado.

A Hungria de 54 não ganhou a Copa, nem a Holanda de 74, nem o Brasil de 82... Isso já basta. Por isso que digo que esse Santos me lembra o de Pelé, Coutinho e compania. Até jogo em Nova York eles estão fazendo...

Futebol bem jogado, roubado, disputado e rezado

O clássico deste final de semana entra Flamengo e Botafogo foi um grande jogo. Mas no campo, pois lá na arquibancada não houve festa. Menos de 10mil pagantes no Engenhão em uma partida repleta de histórias para contar e criar. O mais legal foi em ter visto, aliás, ouvido o clássico pelo rádio. Maravilhosamente nostálgico.

Dois personagens, dois times, dois gols de cada lado. Herrera e Adriano fizeram a diferença. Diferença... um termo tão paradoxal para um placar tão igual de 2x2. E ainda houve roubalheira favorável à Estrela Solitária. Caio sofreu ‘pênalti’ fora da área aos 18min. Herrera marcou e fez 1x0 Botafogo. Bruno quase pegou. Apesar do lance irregular, o alvinegro jogava e criava melhor, mesmo sendo um jogo truncado e com poucas oportunidades.

O técnico Andrade fechava o meio campo com três volantes. Willians, Kléberson e Toró não acompanhavam a velocidade de Herrera e Caio, que trocavam de flancos e buscavam o jogo atrás. Os laterais botafoguenses eram lentos e voltavam com ineficiência para marcar. Foi nesse erro, pelo lado direito, que o Flamengo empatou logo depois, aos 21min. Adriano foi oportunista e raçudo depois da intercepção falhada do goleiro Jefferson, depois do cruzamento de Willians. É o empate rubro negro.

O jogo era corrido demais, porém sem muita técnica. Os jogadores atuavam na base da vontade. Aos 38min Lúcio Flávio cobrou com categoria uma falta. A bola acertou o canto da trave direita do goleiro Bruno. Um susto no atual campeão brasileiro. O Botafogo era melhor.

No segundo tempo o time alvinegro concretizou sua maior eficiência no jogo com Herrera, logo aos 9min. Somália cruzou e o argentino apareceu, oportunista, na área para mandar aos fundos patrimoniais do Flamengo.

Futebol é assim: o time sofre o gol e parte pra cima em busca de um empate e, quem sabe, uma vitória. E assim foi para o Fla, que acordou depois do gol de Herrera. Aos 12min, Vagner Love quase empatou com um belo voleio. A trave salvou Jefferson, e todo o time do Botafogo, que começava a ser levado às cordas pelo Flamengo. O rubro negro acreditava até o fim e pediu ajuda aos Deuses do futebol.

Mas até na religião esportiva, Deus só ajuda a quem trabalha. E o Fla trabalhava pesado. Aos 23 Vagner Love teve nova chance, mas parou nas mãos do goleiro Jefferson. Dez minutos depois, o mesmo arqueiro espalmou um belo chute de Fabrício. Sorte dele que Adriano não chegou ao rebote.

Adriano, aliás, era o mais devoto de todos. Herrera parecia um agnóstico, mas o imperador era cristão ferrenho. Não perdeu a fé de jeito nenhum. E foi recompensado.

Exatamente aos 50 minutos do segundo tempo, depois de cobrança de falta alçada na área, o Imperador subiu mais do que todos e marcou de cabeça o gol. Os Deuses do futebol o ajudaram.

E no final do jogo, Everton Silva, lateral esquerdo do Flamengo veio reclamar: “Nós fomos prejudicados. Deus viu que não foi pênalti. A falta foi fora da área”. O lateral deve ter esquecido que Deus não apita jogo, apenas muda o resultado dele.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Devotos de São Dunga

Futebol é planejamento. Isso é fato. A sorte existe e o azar também, mas nada do que uma boa gestão e estudo para fazer uma boa campanha em qualquer campeonato que seja. Deve ter um equilíbrio tanto da diretoria quanto do treinador, que a meu ver, é um dos grandes responsáveis por boas campanhas. A seleção brasileira tem tudo isso – com algumas desavenças, mas faz parte.

Mas uma coisa falta, e falta muito, principalmente para o técnico. Sensibilidade. Não estou aqui dizendo que Dunga é insensível, humanamente falando. A sensibilidade que me refiro é da capacidade de fazer escolhas intuitivas, com coragem e decisão. Desculpem se acham isso, mas Dunga não tem essa característica enquanto treinador.

Exemplos? Bem, a seleção já está fechada a três meses da copa. Ótimo! Viva! Isso é louvável! O planejamento está sendo feito! Que bom!.... Que bom nada. Eu disse FECHADA. Ou seja, Dunga não terá sensibilidade para convocar o garoto Neymar, mesmo jogando barbaridades até o dia da copa. Não terá a flexibilidade de trazer qualquer outro jogador que estiver em boa fase. Não ‘desconvocará’ Elano, ou Felipe Melo, Gilberto Silva, mesmo sendo reservas em seus clubes.

Tudo bem que pode não dar certo, e que o jargão de que ‘é melhor prevenir do que remediar’, ou que ‘em time que está ganhando não se mexe’ ainda vale, mas é necessário arriscar para o bem de um elenco, para o bem da copa em ver um jogador de alto nível. Técnico de futebol é um ser dotado de toda a sensibilidade para escolher um jogador em última hora, em perceber que aquele convocado em cima da hora, pode contribuir. Dunga, sinceramente, não possui isso.

Enfim, quem quer entrar na seleção, não pode ser devoto de santo algum, apenas de São Dunga. A ‘igrejinha’ como dito na revista Placar, está a mil e não se aceitam outras ‘visões religiosas’. Só desejo sorte à seleção, ao técnico e aos seus dogmas.

Ronaldinho em crise. Kaká também

Muito se fala em levar Ronaldinho para a Copa na África este ano. Nada contra, e também partilho dessa opinião. Também acho que Kaká é titular nesse meio campo horroroso, porém eficiente, da seleção brasileira.

Mas vou direto ao ponto. Ronaldinho vem jogando bem às vezes. Na maior parte da partida, contribui de forma simples, mediana no máximo. Kaká vive uma crise existencial no Real Madrid. Foi eliminado com seu time perante o Lyon na Liga dos Campeões e jogando mal, muito mal. Até Raul, que sua idade o tenha, jogou melhor. Será a adaptação no futebol espanhol que está prejudicando?Creio que não. Craque não escolhe nação, nem estilo de futebol. E eu acho Kaká craque, assim como Ronaldinho.

Mas o que vem acontecendo a estes dois seres da bola? Ronaldinho, segundo alguns, só jogou bem em 2002, e olhe lá. Kaká vem sendo regular e eficiente. Aliás, a seleção brasileira não joga bonito, joga com eficiência. Alguns prelúdios de classe de Robinho aqui, Kaká acolá.

A nação brasileira clama pela volta por cima de Kaká. Que encontre seu futebol no Real Madrid e que melhore um pouco mais na seleção. Tudo nos leva a crer que meia com as características do Kaká para ser reserva não terá. Então Kaká, jogue bola, por favor.

Formalemanha Brasileidez

Estava pesquisando um pouco acerca do ano de 2010 para a Fórmula 1. Nessa ‘vistoria’, percebi algo curioso: a quantidade de alemães nas pistas.

Ao todo temos 23 pilotos, e 6 alemães. Isso representa nada mais nada menos do que 26% de todos os competidores. As chances de ter um alemão campeão, ou de ouvir aquele hino durante as corridas são altas. Nico Rosberg, da Mercedes, Michael Schumacher, também da Mercedes e Sebastian Vettel são os mais competentes para ocupar o primeiro lugar nas corridas. O segundo país com mais competidores é o Brasil, com 4 Mas só fica na quantidade, por que na qualidade... deixam a desejar. Felipe Massa é nossa esperança. Rubens Barrichello é nossa esperança dividido por dois. Lucas di Grassi daVR não conta, muito menos Bruno Senna, Hispania, pelo menos este ano.

Na Inglaterra há uma boa dupla, muito boa mesmo. Lewis Hamilton e Jenson Button, ambos da McLaren, são favoritos à uma boa temporada. Temos três espanhóis. O mais conhecido é Fernando Alonso da Ferrari. O menos, Jaime Alguersuari, da STR. Temos dois italianos, com pequeno destaque para Jarno Trulli, da Lotus.

Dos que sobram, com todo respeito – por ter apenas um piloto do país – destaque para o pessoal do gelo: Petrov, russo da Renault, Robert Kubica, bom piloto polonês também da Renault. Kovalainen, finlandês da Lotus e Sebastien Buemi, suíço da STR completa a lista. Na sobra, Karun Chandhok, o indiano da Hispania, Kobayashi, o japonês da Sauber e Webber, austríaco da RBR completam o pessoal.

Em 2010 esse choque desproporcional de países entrará em ação novamente, com novas regras e pequenos detalhes que fazem grandes diferenças. Todos ‘contra’ Brasil e Alemanha, que possuem 10 dos 23 pilotos.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Agora não há mais crise

Futebol é assim: se o Flamengo perdesse pro Caracas na Venezuela ontem, iriam por a culpa na discussão ocorrida entre Adriano e sua noiva na semana passada. Se o Fla ganhasse, e ganhou, ninguém falaria mais do barraco. E não falou.

A vitória de 3x1 gerou tranqüilidade à equipe, que neste domingo enfrenta o Vasco pelo campeonato carioca. Vagner Love tratou de cuidar da bola com carinho e marcou dois gols. O ‘relacionamento’ no Império do Amor está a cada dia melhor. Rodrigo Alvi marcou seu primeiro gol com a camisa rubro-negra. Mas o melhor da partida não estava aí. O Flamengo foi guerreiro e com a expulsão do fraco jogador Toró, aos 8 minutos, achava-se que seria uma noite complicada. E foi. Mas o time se superou, venceu e agora está a uma vitória da classificação antecipada. Basta vencer a Universidade ‘de’ Chile na próxima rodada.

Ah, e o gol do Caracas... bem, foi marcado por Castellín aos 20min do primeiro tempo, onde o time empatou. Mas isso é o de menos. O que importa é que o Flamengo voltou e agora Adriano, que assistiu o jogo em casa, pode dormir em paz com sua mulher(só não pode ir à baile funk sozinho, muito menos com jogadores). Provavelmente, o Imperador será titular contra o Vasco, pelo campeonato carioca, domingo, dia 14, às 19:30.

Santos massacra Naviraiense-MS

Em noite de pedaladas, lances bonitos e futebol sério, o melhor time do Brasil não teve dó e aplicou sonoros 10 x 0 no modesto time do Mato Grosso, na quarta feira às 21:50, na Vila Belmiro. A vitória mostrou que um time não precisa jogar com 3 atacantes para ser ofensivo. Dorival recuou Neymar e colocou Marquinhos no meio campo antes da partida. Teoricamente seria um time mais encorpado defensivamente. Mas foi melhor do que isso. Seguro atrás, e destemido na frente, o Santos venceu com tranqüilidade e seriedade o Naviraiense. Os aplausos no final da partida mostraram que o time está evoluindo cada vez mais. Foi contra um time pequeno, pequenino. Mas não se aplica uma goleada desse tamanho sempre, independente do adversário a se enfrentar. Entre os gols da partida, destaque para a grande jogada e conclusão do garoto Neymar, que dribla três defensores, o goleiro e marca um golaço. Robinho, como sempre, fez um de cobertura no seu estilo e encantou a torcida mais uma vez com grandes pedaladas. O time da Vila enfrenta agora o Remo-PA, que eliminou o São Mateus-ES. Que venha mais uma goleada da máquina de jogar futebol.

SANTOS 10 X 0 NAVIRAIENSE

SANTOS
Felipe; Maranhão, Edu Dracena (Giovanni), Durval e Pará; Arouca, Marquinhos, Paulo Henrique Ganso; Neymar, Robinho (Madson) e André (Zé Eduardo)
Técnico: Dorival Júnior

NAVIRAIENSE
Aldo; Giordan, Jaime, Célio Lima e Adriano Lajes; Jean Carlos, Jacó Pitbull, Maílson e Marcelo Castelli (Jean Michel); Cristiano e Tom (Clécio).
Técnico: Paulo de Rezende

Data: 10/03/2010 (quarta-feira)
Horário: às 21h50min (de Brasília)
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Árbitro: Pablo dos Santos Alves /RJ
Auxiliares: Marco Aurélio Pessanha e Lilian da Silva Fernandes, ambos do RJ.
Público: 11.336 pagantes
Renda: R$ 158.001,00
Cartões amarelos: Arouca, Edu Dracena e Durval (Santos); Jacó Pitbull, Jean Michel e Tom (Naviraiense)

Cartão vermelho: Jacó Pitbull, aos 35 minutos do primeiro tempo e Jean Michel, aos 34 minutos do segundo tempo (Naviraiense)

Gols: Paulo Henrique Ganso, aos 6 minutos, André, aos 27 minutos, Neymar, aos 29 minutos, Robinho, aos 32 minutos, André, aos 37 minutos, Marquinhos, aos 45 minutos do primeiro tempo; Neymar, aos 9 minutos, André, aos 14 minutos, Madson, aos 20 minutos e aos 32 minutos do segundo tempo.
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