sexta-feira, 12 de março de 2010

Devotos de São Dunga

Futebol é planejamento. Isso é fato. A sorte existe e o azar também, mas nada do que uma boa gestão e estudo para fazer uma boa campanha em qualquer campeonato que seja. Deve ter um equilíbrio tanto da diretoria quanto do treinador, que a meu ver, é um dos grandes responsáveis por boas campanhas. A seleção brasileira tem tudo isso – com algumas desavenças, mas faz parte.

Mas uma coisa falta, e falta muito, principalmente para o técnico. Sensibilidade. Não estou aqui dizendo que Dunga é insensível, humanamente falando. A sensibilidade que me refiro é da capacidade de fazer escolhas intuitivas, com coragem e decisão. Desculpem se acham isso, mas Dunga não tem essa característica enquanto treinador.

Exemplos? Bem, a seleção já está fechada a três meses da copa. Ótimo! Viva! Isso é louvável! O planejamento está sendo feito! Que bom!.... Que bom nada. Eu disse FECHADA. Ou seja, Dunga não terá sensibilidade para convocar o garoto Neymar, mesmo jogando barbaridades até o dia da copa. Não terá a flexibilidade de trazer qualquer outro jogador que estiver em boa fase. Não ‘desconvocará’ Elano, ou Felipe Melo, Gilberto Silva, mesmo sendo reservas em seus clubes.

Tudo bem que pode não dar certo, e que o jargão de que ‘é melhor prevenir do que remediar’, ou que ‘em time que está ganhando não se mexe’ ainda vale, mas é necessário arriscar para o bem de um elenco, para o bem da copa em ver um jogador de alto nível. Técnico de futebol é um ser dotado de toda a sensibilidade para escolher um jogador em última hora, em perceber que aquele convocado em cima da hora, pode contribuir. Dunga, sinceramente, não possui isso.

Enfim, quem quer entrar na seleção, não pode ser devoto de santo algum, apenas de São Dunga. A ‘igrejinha’ como dito na revista Placar, está a mil e não se aceitam outras ‘visões religiosas’. Só desejo sorte à seleção, ao técnico e aos seus dogmas.

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