sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O adeus de Rogério

O jogo sem graça e o empate sem gols entre Flamengo e Atlético Mineiro contribuíram para a demissão do técnico Rogério Lourenço. E esse fato não deve ser motivo de tristeza, e sim de alegria. Deixando de lado a competência – ou a falta dela – do ex-técnico, o fato é que o time rubro-negro não rendeu em suas mãos. E por uma série de equívocos e limitações técnicas do próprio time.

Um dos equívocos foi na saída de bola do Flamengo. Willians, maior ‘ladrão’ de bolas do Brasileirão do ano passado, estava – e está – em uma fase não muito boa, apesar de ser o quarto maior no quesito ‘roubadas de bola’ nesta edição do Campeonato. A sua escalação como primeiro volante o limitou taticamente. No ano da conquista rubro-negra, Willians destacava-se pela liberdade para atacar e constante movimentação pela ponta direita.

Na questão da limitação técnica, era evidente a carência de bons atacantes, ou pelo menos razoáveis. O colombiano Cristian Borja não deu conta do recado. Muito menos Vinícius Pacheco, que era escalado – equivocadamente ou por carência no elenco – como atacante. Sua posição é no meio campo, mais precisamente no lugar do sérvio Petkovic.

Equívocos e desastres a parte, o técnico Rogério Lourenço não ‘deu liga’ ao time do Flamengo. Foi um time desajustado e sem vigor para grandes jogos. Traduzindo: o perfil de um treinador inexperiente, mas com vontade de mostrar serviço. Felizmente, ou infelizmente, terá que mostrar esse serviço em outro clube.

Com essa demissão, já se tem uma média de 18 em 16 rodadas do campeonato brasileiro. E já se fala em Carlos Alberto Parreira para o Flamengo. Nada contra o Parreira, que FOI um grande técnico.

2 comentários:

  1. O time do Flamengo é marcado pela inconstância. Há uma alternância muito frequente entre boas e más fases. E definitivamente essa não é uma boa fase. O time não consegue render dentro de campo, além de perder as poucas mas boas chances de gol que cria durante os jogos. Uma mudança será bem vinda, mas ainda tem muita coisa a ser feita. Pode até ser que o Parreia seja uma boa solução inicial, mas ele não faz milagre!! Ainda vem ai o segundo turno, tempo suficiente para o time rubro-negro se arrumar dentro e fora de campo, e assim evitar a tão temida corda do pescoço característica da reta final do campeonato.

    ResponderExcluir
  2. Há uma crise entre técnicos aptos para dirigir os times brasileiros? A impressão que dá com essa onda de demissões é de que falta gente nova e apta para comandar os times brasileiros. O fato de maior ressonância ainda é o ex-técnico da seleção brasileira

    ResponderExcluir

Search